A Abrapp tornou disponível em seu portal, no endereço www.abrapp.org.br, estudo ao mesmo tempo amplo - 4 páginas recheadas de números - e transparente acerca das rentabilidades alcançadas pelos fundos de pensão em seus investimentos. Os resultados são mostrados em dois formatos, um deles mede o retorno das entidades e o outro o dos planos que estas administram, sendo que nos dois casos as performances seguem a média aritmética. Os dados são de levantamento realizado pelo Núcleo Técnico da Abrapp.
A importância dessa apresentação pela média aritmética é que, dessa forma, entidades e planos com patrimônios maiores e menores se equivalem. Isto é, obtém-se uma visão diferenciada, por eliminar o peso maior dos fundos mais antigos e de grande porte, considerando a todos de forma igual.
São dois os períodos cobertos. Os resultados das entidades compreendem os anos de 2008 a 2014, enquanto os dos planos vão de 2010 a 2014.
Na média, a rentabilidade das entidades em 2014 ficou em 10,29% (contra 12,07% da Taxa Máxima Atuarial), enquanto o segmento de Renda Fixa alcançou 12,00% (contra 10,82% do CDI) e a Renda Variável atingiu -4,09% (no lugar dos -2,91% do Ibovespa).
A rentabilidade dos planos é apresentada de forma segregada por modalidade e também por faixa de patrimônio. Na média, os planos atingiram resultado de 9,88% em 2014, ficando a faixa de ativos entre R$ 500 milhões e R$ 2 bilhões com o melhor retorno (10,33%) e os planos CD apresentaram a melhor performance média dentre as três modalidades (10,25%).
Longo prazo - Em qualquer caso, a experiência e as boas práticas internacionais mostram que os fundos de pensão só devem ter os seus resultados medidos sempre num período de tempo maior, uma vez que por sua natureza de pagadoras de benefícios previdenciários as entidades vivem ciclos longos.
Por isso mesmo é importante recordar que os fundos de pensão brasileiros registraram rentabilidade de 2.187% nos últimos 20 anos, performance muito acima do exigível atuarial de 1.189% no mesmo período. Não importam os obstáculos conjunturais que estão surgindo, o sistema apresenta níveis de solvência superiores a países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, tidos como referências em previdência complementar em nível mundial. O que significa dizer que dispõe de todas as condições patrimoniais para fazer frente aos compromissos expressos no passivo.
E sem esquecer que os fundos de pensão brasileiros estão entre os cinco de maior retorno sobre suas aplicações no mundo, com rendimento real de 28,56% em sete anos (a rentabilidade nominal foi de 89,7%), segundo estudo do Núcleo Técnico, a partir de números coletados em relatórios divulgados pela Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Fonte: Abrapp, em 10.06.2015.