
Conheça o ponto de vista de importantes nomes do setor da Saúde
Por Verena Souza
O Saude Business 365 acompanha o 17º Congresso Unidas e nesta segunda-feira (01) conferiu a mesa de debate "Cenário Macroeconômico e o Futuro da Saúde Suplementar", mediada pelo jornalista do grupo Bandeirantes de Comunicação, Ricardo Boechat, e composta por cinco nomes de representatividade para o setor da saúde.
Como muito bem resumiu Boechat ao término do debate, o que se vê na saúde é um consenso entre os executivos de que "é preciso mudar", pois se não houver reestruturações, o sistema vai colapsar e, neste sentido, alguns caminhos foram enfatizados pelos participantes da mesa.
Confira as frases:
Martha Oliveira, gerente de regulação assistencial da ANS: "é preciso haver uma mudança cultural. Vivemos em um setor em que o custo da desconfiança é muito alto. Saúde hoje é vista como um bem de consumo e não um resultado assistencial. Se a gente não reorganizar o setor, a lógica da prestação de serviço, estamos fadados a morrer. "
Francisco Balestrin, presidente da Anahp: "devemos repensar o modelo de relacionamento entre prestadores e médicos. Elaborar novos modelos de participação desses profissionais. Precisamos fazer melhorias que já foram feitas em outros lugares, fazer acontecer. Não é preciso inovar. Balestrin, em outro momento, também chamou a discussão para o Brasil e não apenas discutir a Saúde Suplementar. "Temos que pensar o Brasil como um todo"
Antônio Jorge Kropf, diretor de Assuntos Institucionais da Amil: "estamos em um caminho insustentável, onde ninguém está de barriga cheia. É preciso mudar o modelo assistencial, focando na atenção primária e doenças crônicas. Kropf defendeu com veemência a utilização da TISS 3.0 por todos do setor"
Luiz Augusto Carneiro, Superintendente Executivo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar): Carneiro chamou atenção para o desperdício do setor, lembrando que nos EUA, do total da despesa com Saúde entre 20 a 30% é desperdiçada, alcançando um montante de US$ 500 bilhões por ano.
Paulo Fraccaro, presidente da Abimo: A conta não esta fechando e, por isso, temos que pensar num modelo de coparticipação do usuário. Não podemos viver num sonho dourado – temos essa equação dura, e teremos de enfrentá-la.
Fonte: Saúde Business 365, em 02.12.2014.