O Relatório Social ganha um novo nome. Agora, em sua quarta edição, a ser lançada em agosto próximo, passa a chamar-se Relatório de Sustentabilidade dos Fundos de Pensão. Mas, muito mais do que uma mudança no título, a alteração espelha a emergência de um novo conceito, muito mais amplo do que o anterior. E, mais importante ainda, a nova publicação traz novidades: “dela participa um número bem maior de entidades de menor parte, das quais várias estão presentes no relatório pela primeira vez”, adianta Milena Miranda, Coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade.
O novo relatório, antecipa Milena, mostra também em suas 80 páginas terem as nossas entidades vivenciado nos últimos anos avanços consistentes na governança. “Os comitês de investimento se disseminaram fortemente, mas já há além dele vários outros voltados para a gestão, os controles internos, a segurança da informação e a educação previdenciária e financeira. A publicação será lançada no 5º seminário A Sustentabilidade e os Fundos de Pensão no Brasil, dia 13 de agosto, no Rio de Janeiro.
Essas publicações começaram a ser produzidas, até agora sob o nome de Relatório Social, no ano de 2007. Novas edições sairam em 2008 e 2010. “O fato de chamar-se agora Relatório de Sustentabilidade não caracteriza uma descontinuidade, de vez que o que existe é um crescimento, uma evolução”, resume Milena.
Por evolução entenda-se a adoção no novo relatório do padrão internacional GRI (Global Reporting Iniciative), que não é outra coisa senão uma forma padronizada internacionalmente de relatar informações que envolvam atitudes sustentáveis nos investimentos, no trato do meio ambiente, no respeito à governança e no relacionamento com os trabalhadores, fornecedores e comunidades.
Enfim, trata-se agora de olhar de forma mais ampla tudo que diga respeito à responsabilidade social e ambiental ou à falta dela. “Antes, apenas fazíamos perguntas que achávamos relevantes, sem seguir um padrão estabelecido”, explica Milena, notando que o uso do GRI facilita comparações, inclusive com o exterior.
A GRI toma o nome emprestado de uma organização não governamental holandesa criada com o objetivo de melhorar a qualidade das informações prestadas por organizações do mundo todo. Para isso, desenvolve e dissemina diretrizes e indicadores para relatórios de sustentabilidade, contemplando aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa.
Fonte: ABRAPP, em 23.07.2014.