No mundo, pode-se dizer, não há exatamente consenso sobre a melhor forma de tratar a questão da solvência. Marcelo Nazareth, diretor da NetQuant, chegou a essa conclusão após pesquisar nas últimas semanas as práticas internacionais a respeito. Percebeu também que a na maioria dos países prevalece a busca por soluções locais e que considerem as realidades vividas pelos fundos de pensão localmente, levando em conta ainda as condições de mercado nessas nações. Pois é nessa mesma linha de apego às experiências brasileiras que desde o ano passado segue o Brasil, onde se busca um modelo para deliberação pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), no mais curto prazo possível.
Boa vontade - O que se está tentando é traduzir em soluções concretas a boa vontade que todos os atores dedicam à sua busca. segundo Sílvio Rangel, Coordenador da Comissão Ad Hoc de Precificação de Ativos e Passivo e Solvência da Abrapp.
O atuário Antônio Fernando Gazzoni, da Gama Consultores Associados e que acompanha o assunto desde o ano passado, traduz o sentimento geral observando que “a Previc está ajudando no aprofundamento do debate”.
Modelo inteligente - No entender de Sílvio, “por sua lógica, já existe consenso quanto à inteligência de novo modelo”. Os estudos agora se concentram, segundo ele, em torno do refinamento dos parâmetros.
Quanto ao esforço para se conhecer a experiência internacional, nota Sílvio, tanto empenho se explica pelo desejo de usá-la como referência, jamais como um modelo pronto a ser seguido.
Tampouco não há qualquer dúvida quanto à urgência que existe de se encontrar um encaminhamento para a questão da solvência ainda na reunião do CNPC em outubro. Sílvio explica: a racionalidade pressupõe a harmonização dos conceitos de precificação e solvência. Um não funciona sem o outro.
“E a norma atual de solvência não está devidamente alinhada com as premissas introduzidas no final do ano passado pelo novo modelo de precificação”, resume Sílvio.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 14.09.2015.