Por Débora Soares
Quando se fala em negociações de acordos trabalhistas, o provérbio popular é acertado: a união faz a força. As associadas do Sindapp comprovam isso: fundações em três estados já estão mobilizadas nas negociações envolvendo as convenções coletivas de trabalho de 2016.
A atuação dos 11 delegados sindicais, em suas bases estaduais, deixa claro por que vale a pena se filiar ao sindicato patronal. Corpo extremamente qualificado, eles são agentes facilitadores no recebimento das pautas, conduções das negociações e fechamento das convenções da categoria, além de auxiliar nos acordos individuais.
É por meio da atuação desses representantes que o Sindapp fixa o alicerce do seu trabalho sindical, agregando valor à gestão dos fundos de pensão, em suas relações trabalhistas, por todo o território nacional.
“Uma das nossas metas é dar maior visibilidade aos delegados sindicais, mostrando ao Sistema a importância do trabalho desenvolvido por esse grupo, que exerce função estatutária”, sublinha Nélia Pozzi, presidente do Sindapp.
Não restam dúvidas de que as entidades têm sido impactadas pelos efeitos da crise econômica e buscam maximizar recursos mais escassos, refletindo o momento desafiador vivido por suas patrocinadoras e participantes.
Nesse sentido, aquelas que são representadas pelo sindicato patronal contam com um poder de negociação maior, por espelharem o coletivo, em relação às que fazem os acordos de forma isolada.
Mesmo as fundações que possuem acordos individuais também encontram benefícios na filiação sindical: contar com apoio especializado e uma referência confiável do mercado, baseada no amplo espectro das mais de 150 associadas, para conduzir suas tratativas e melhorar suas perspectivas de defesa.
“É importante que as entidades que ainda não são filiadas ao Sindapp façam sua associação, para que possam ter o benefício de contar com um sindicato forte, que representa efetivamente os fundos de pensão”, observa Sérgio Martins Gouveia, delegado sindical da Regional Sudoeste.
Assembleia ontem - As associadas de São Paulo se reuniram ontem em assembleia para discutir a pauta reivindicatória e a proposta de reajuste salarial apresentadas pelo sindicato dos securitários. Na reunião, conduzida pelo delegado sindical Sérgio Martins, com o apoio do assessor jurídico Cláudio Benedet, ficou clara a dificuldade das fundações, assim como suas patrocinadoras, em recompor integralmente o índice inflacionário nos salários.
Busca-se um ponto de equilíbrio: a concessão de benefícios que sejam percebidos pelos colaboradores, mas que não comprometam a sustentabilidade financeira das fundações.
“O cenário é favorável à negociação, pois no atual contexto econômico é muito difícil para as entidades carregarem um índice de 11% de reajuste salarial na folha de pagamento. É uma equação financeira insuportável”, observou o advogado.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 05.02.2016.