O diagnóstico de maturidade dos fundos de pensão brasileiros coloca o horizonte de tempo como eixo central das reflexões sobre o futuro do sistema, que vão desde a questão regulatória até a administração dos planos e sua governança. É fundamental olhar o tempo como o diferenciador entre os planos previdenciários e os planos financeiros oferecidos pelo sistema aberto de previdência complementar”, observou nesta quarta-feira o diretor superintendente da Fibra, Sílvio Rangel, ao debater o tema “O Tempo é o Oxigênio dos Fundos de Pensão” na primeira sessão plenária do 36° Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, em Brasília.
Além disso, ele destacou a urgência de se colocar em discussão a “arbitragem regulatória que atualmente, por meio de estímulos tributários, favorece os planos abertos em detrimento dos planos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar e, portanto, prejudica a própria visão de poupança de longo prazo no País”. Também será preciso avançar na revisão do conceito de solvência e fazer com que os limites de risco e de solvência passem a levar em conta o fator tempo (duration) como um diferencial no que diz respeito ao tratamento de eventuais déficits e superávits dos planos. “Isso já foi feito no caso da precificação de ativos e passivos, com um avanço importante para o sistema, mas falta aplicar esse mesmo foco à questão da solvência”, afirmou Rangel.
Fonte: Abrapp, em 07.10.2015.