Por Neival Rodrigues Freitas, diretor executivo da FenSeg
A importância do seguro para a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo em disputa no Brasil, e as Olimpíadas, que ocorrerão em 2016, é sempre associada às garantias dadas para a realização de obras de infraestrutura. De fato, a contribuição para a ampliação dos projetos que visam o desenvolvimento do país é uma amostra da capacidade do setor, que atuou desde o início das licitações das obras dos estádios e de outros projetos alinhados ao evento. Estes, sem a garantia dos seguros, poderiam até não sair do papel. Mas a indústria seguradora brasileira está presente, principalmente, dentro e fora das arenas, que deverão receber mais de três milhões de espectadores brasileiros e estrangeiros.
Em um dos maiores eventos esportivos do mundo, tudo está em jogo. Patrimônios e pessoas estão sujeitos a riscos de toda natureza, inclusive aos fenômenos naturais - na maioria das vezes imprevisíveis. Já a vinda de um grande número de atletas e as delegações completas das 32 seleções que participam da Copa traz uma série de riscos que acendem um alerta no mercado segurador brasileiro.
O seguro de atletas, com coberturas para incapacidade física temporária por doença ou acidente, é um dos mais contratados pelas delegações, que fazem investimentos vultosos na formação e treinamento de seus jogadores. O mercado de seguros estará presente também nas arquibancadas, com proteção para o bem mais valioso: a vida. O seguro de responsabilidade civil geral, com coberturas para danos causados a terceiros, é uma das soluções encontradas para proteger os torcedores nos estádios, além dos voluntários, staff e qualquer pessoa que venha a ser vítima de um incidente.
Este seguro também é fundamental para a realização das tradicionais Fan Fests, que acontecem nas 12 capitais brasileiras sedes dos jogos. Fora dos estádios, há um grande volume de contratações do seguro de responsabilidade civil geral e do seguro patrimonial, principalmente pela indústria e do comércio em geral, como lojas, casas noturnas, bares, restaurantes e hotéis, que têm a missão de atender com qualidade a demanda de milhares de turistas em circulação pelo Brasil.
Nesse sentido, é importante ressaltar a contratação do seguro viagem, que conta com coberturas para morte e invalidez, despesas médicas e hospitalares, perda ou roubo de bagagem, que é essencial para o bem-estar do turista. O produto auxilia o viajante na resolução rápida e eficaz de infortúnios que ocorram durante a viagem (e que estejam previstos no contrato).
Para as Olimpíadas e as Paraolimpíadas, que ocorrem no Rio de Janeiro em 2016, o Governo do Estado anunciou que podem ser destinados até R$ 126 bilhões na preparação para receber os jogos, o que certamente vai movimentar ainda mais o mercado segurador brasileiro. Nesse cenário, há ainda um esforço mútuo das empresas, governo local e entidades para transformar o Rio em um dos grandes centros internacionais de resseguros em território nacional.
A expectativa não só reforça a presença do Brasil no cenário internacional, mas também eleva a demanda por seguros e amplia a geração de em pregos. O panorama é de desafios e oportunidades, e a indústria brasileira de seguros tem a missão de auxiliar no planejamento da cidade, oferecendo proteção à sociedade contra os riscos à vida e ao patrimônio, e consolidando seu papel estratégico de atuar como um dos esteios do desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Fonte: Jornal Brasil Econômico, em 18.06.2014.