Com a baixa expectativa de crescimento da economia e aumento da inadimplência, a procura por seguro de crédito está em ascensão nas empresas. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), esta modalidade de seguro apresentou no primeiro semestre deste ano o prêmio de R$ 313 milhões, enquanto que no mesmo período do ano passado teve R$ 279 milhões em prêmios, o que representa um crescimento de 13% na comparação entre os períodos.
De acordo com o diretor da MDS Consultores de Seguros e Riscos, Victor Garibaldi, com o atual cenário macroeconômico, as empresas enxergam uma garantia de lucratividade dos negócios a partir da proteção de seus recebíveis a prazo.
“O cenário é propício para aumento de dívidas e atrasos de pagamentos a fornecedores, além de deixar os bancos ainda mais cautelosos quanto à concessão de crédito. Nesse sentido, acreditamos que o seguro de crédito seja uma alternativa para manter a cadeia produtiva. Esperamos que na comparação anual o crescimento dessa modalidade de seguro seja de 15%”, explica o executivo.
O seguro de crédito é uma modalidade de seguro que protege o negócio contra o risco de inadimplência e atrasos das vendas de produtos ou serviços realizados a prazo, tanto no mercado local como para exportação. Nesse sentido, a seguradora trabalha analisando a carteira de clientes das empresas para, em seguida, estabelecer os limites individuais de risco. Em caso de inadimplência, com o pagamento da indenização, a seguradora assume o direito creditório, podendo receber o valor da dívida.
Segundo Garibaldi, ao contratar este seguro a empresa conta ainda com a assistência da seguradora na gestão de cobrança dos créditos e na avaliação de suas próximas vendas, utilizando como referência o comportamento de seus compradores nos últimos meses.
Apresentando crescimento de 55% no volume de clientes nos últimos três anos, a MDS Consultores de Seguros e Riscos engloba diversas áreas da indústria em sua carteira, em que se destacam as indústrias do segmento têxtil, de celulose e produtos alimentícios. “Hoje representamos as médias e grandes indústrias, as micro e pequenas empresas ainda são um desafio para nós. Estamos investindo no setor, oferecendo novos planos mais específicos, que funcionam como ferramentas para gestão delas. Esperamos crescer também no setor”, finaliza Garibaldi.
Fontes: Brasil Econômico, em 15.09.2014/ABBC, em 15.09.2014.