Em um cenário em que a inflação foi negativa, o Sebrae Previdência registrou um desempenho excepcional em agosto, com todos os perfis de investimento apresentando ganhos reais significativos. O ganho real num investimento é a rentabilidade que se obtém após o desconto da inflação, indicando se o dinheiro realmente aumentou o seu poder de compra. Enquanto a prévia da inflação oficial (IPCA) recuou para -0,11%, a primeira queda em dois anos, os planos e perfis do Sebrae Previdência tiveram rentabilidades que chegaram a 1,47% no perfil Arrojado, representando um ganho real de 1,59% no mês.
Os números detalhados revelam a consistência dos resultados em todos os perfis, todos superando o CDI de 1,16%:
- Conservador rendeu 1,22% (ganho real de 1,33%)
- Moderado 1,38% (ganho real de 1,49%)
- Valor Empresarial 1,23% (ganho real de 1,34%)
- Valor Previdência 1,38% (ganho real de 1,49%)
Na comparação anual, o desempenho se mantém sólido, com o perfil Arrojado acumulando 9,77% em 2025 contra 3,15% do IPCA, enquanto nos últimos 12 meses o mesmo perfil registra 12,28% ante 5,13% da inflação. Mesmo o perfil mais conservador apresenta rentabilidade de 8,94% no ano, quase três vezes superior à inflação acumulada, evidenciando a eficiência da estratégia de investimentos do Sebrae Previdência em proteger e fazer crescer o patrimônio dos participantes. Abaixo, um quadro resumo do desempenho (bruto):

CENÁRIO MACROECONÔMICO
O mês de agosto foi marcado por uma performance excepcional dos ativos de risco brasileiros, com o Ibovespa registrando alta de 6,3% e ultrapassando pela primeira vez a marca dos 140 mil pontos, superando significativamente as bolsas americanas (S&P 500 +1,9% e Nasdaq +0,9%). O destaque ficou por conta da mudança de comunicação do Federal Reserve (FED), o Banco Central americano, que sinalizou cortes de juros em um contexto de desaceleração do mercado de trabalho nos EUA, criando um ambiente favorável para ativos de risco globalmente. No cenário doméstico, a atividade econômica brasileira apresentou sinais mistos, com desaceleração na maioria dos indicadores, mas mantendo o mercado de trabalho aquecido, enquanto as expectativas de inflação seguiram em gradual arrefecimento, sugerindo ganho de credibilidade na condução da política monetária pelo Banco Central.
Externamente, os Estados Unidos enfrentaram questionamentos sem precedentes sobre a independência do FED, enquanto a Europa lidou com a crise política francesa que fragilizou ainda mais o quadro fiscal regional. Apesar desses desafios globais, a economia mundial demonstrou maior resiliência industrial do que o esperado, beneficiando os mercados emergentes. A combinação de expectativas de corte de juros no Brasil para o início de 2026 e atividade econômica resiliente criou um ambiente particularmente favorável para a renda variável doméstica, evidenciando a capacidade dos ativos brasileiros de se destacarem mesmo em um contexto global complexo.
Fonte: Sebrae Previdência, em 10.09.2025.