Acordos comerciais impulsionam Bolsas Globais, Fed sinaliza cortes de juros e Ibovespa acompanha alta.
Em agosto, o cenário internacional foi marcado pela entrada em vigor dos novos acordos comerciais dos EUA e pela crescente expectativa de que o Fed (Banco Central Americano) retome o ciclo de cortes de juros em meio à desaceleração do mercado de trabalho. Nesse contexto, as Bolsas Globais tiveram desempenho positivo, os juros futuros recuaram e o dólar se desvalorizou em relação às demais moedas. No Brasil, apesar da projeção de Selic em 15% ao final de 2025, diante do risco de a inflação superar o teto da meta, os mercados locais acompanharam o movimento global: o Ibovespa registrou forte alta, a curva de juros cedeu e o real ganhou força em relação ao dólar.
Nos Estados Unidos, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a leitura de que o banco central americano poderá retomar o ciclo de cortes já na reunião de setembro. Em seu discurso, destacou que o cenário econômico e o novo balanço de riscos podem justificar um ajuste na taxa de juros. A sinalização está em linha com a mediana das projeções de mercado, que apontam redução da taxa de 4,5% para 4,0% até o final de 2025.
Na Zona do Euro, o BCE (Banco Central Europeu) encerrou o ciclo de alívio monetário. Apesar das incertezas globais, a economia europeia segue resiliente, com recuperação do setor manufatureiro e acomodação de serviços. A expansão de gastos tem se confirmado, com aprovação de significativo orçamento na Alemanha e o comprometimento com aumento de gastos com defesa. A inflação aproximou-se da meta de 2,0% e, diante desse cenário, o BCE reforçou que a política monetária se encontra em posição adequada, projetando juros estáveis em 2,0% neste ano.
Na China, os dados mais recentes da indústria, vendas no varejo e investimentos registraram desaceleração em julho. A produção industrial cresceu 5,7% em termos anuais, desacelerando em relação ao ritmo de crescimento médio de 6,5% observado entre janeiro e junho desse ano.
No Brasil, o PIB do segundo trimestre cresceu 0,4% na comparação trimestral, em linha com o esperado. A composição contrastou a resiliência do consumo, ainda sustentado pelo mercado de trabalho, à desaceleração do investimento na esteira do recente aperto monetário. O setor agropecuário, por sua vez, desacelerou em relação ao primeiro trimestre do ano. A inflação, por sua vez, continua indicando tendência positiva. No acumulado de 12 meses, a taxa caiu para 5,2%, mantendo trajetória de desinflação iniciada no segundo semestre 2024. Por outro lado, os núcleos permanecem acima da meta de 3% e continuam demandando cautela.
Em agosto, o Ibovespa fechou em +6,28%, o CDI, +1,16%, a Poupança, +0,67%, o IMA-B, +0,84%, enquanto a Meta Atuarial foi de +0,19%.

Em agosto, o Plano Família apresentou performance de +1,17%, o Plano de Reforço, +1,15%, o Plano SABESPREV MAIS, +1,11%, e o Plano BD, +0,48%.

A Sabesprev continua trabalhando para melhorar a diversificação e a rentabilidade da carteira de investimentos.

ATRIBUIÇÕES DE PERFORMANCE
Em agosto, as estratégias que contribuíram positivamente para o resultado foram: Renda Variável, +4,33%, Empréstimos, +0,87% e Renda Fixa, +0,56%.
As estratégias que contribuíram negativamente para o resultado foram: Estruturados, -0,55% e Imobiliário -0,21%.
EVOLUÇÃO DOS ÚLTIMOS ANOS




PROJEÇÕES DE RENTABILIDADE
Para 2025, apesar de um cenário global desafiador, marcado por incertezas crescentes que pressionam o desempenho dos ativos financeiros, a Sabesprev mantém inalteradas suas premissas centrais do planejamento de investimentos.
Entre elas, destacam-se a redução gradual da exposição ao risco, a indexação dos investimentos em Renda Variável, a revisão do portfólio de Investimentos Estruturados e a maior alocação em ativos pós-fixados de Renda Fixa, visando capturar os efeitos da elevação dos juros.
Seguiremos acompanhando de perto a dinâmica dos mercados e ajustando o portfólio sempre que necessário, com foco no cumprimento das metas atuariais.
Fonte: Sabesprev, em 19.09.2025.