A dissertação “Análise dinâmica de estilo de fundos brasileiros de previdência privada”, do aluno de Mestrado Leonardo Mesquita de Brito, que teve como orientador o Professor de Finanças, Carlos Heitor Campani, ganhou o prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais, edição de 2015.
O objetivo do Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais – Projetos de Mestrado e Doutorado é incentivar a produção acadêmica sobre o segmento, apoiando pesquisas sobre temas relevantes para o desenvolvimento do mercado de capitais e da intermediação financeira no Brasil.
Resumo:
De 2005 a 2014 o total de ativos geridos por fundos de Previdência Privada no Brasil mais do que quintuplicou, com planos PGBL e VGBL representando quase que a totalidade (90%) desses ativos. Entretanto, as instituições de previdência privada têm como característica a cobrança de elevadas taxas de administração, ficando, assim, com uma boa parte dos benefícios oferecidos pelo governo como incentivo para os investimentos nessa modalidade. Altas taxas de administração são justificáveis quando há uma gestão ativa desses fundos, gerando em tese uma performance superior: este estudo indica que não é isso que ocorre nesse segmento de mercado. Problemas semelhantes têm sido enfrentados em outros países como a Suécia, onde foi aberta uma investigação a respeito dos fundos que cobram altas taxas de administração por uma gestão ativa enquanto têm na realidade uma gestão que pode ser considerada passiva. Tudo isso demonstra o tamanho e a relevância do problema que foi levantado e abordado por este trabalho. Para tal, foi feita uma análise dinâmica de estilos, via janelas móveis, seguida de uma análise via filtro de Kalman em fundos das cinco principais instituições de Previdência Privada do Brasil. A partir da análise da evolução das exposições desses fundos às diferentes classes de ativos e dos R2 gerados, foram encontrados indícios de passividade, principalmente nos fundos compostos com renda variável. Tais fundos são justamente os que deveriam ter a gestão mais ativa, pois são os que cobram as maiores taxas de administração. Isso levou a uma análise mais detalhada desses fundos, onde foi demonstrado que é possível se construir uma carteira passiva, com estilo muito semelhante e retornos sem diferenças estatisticamente significativas, mas com uma taxa de administração mais baixa e alinhada com fundos passivos.
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Fonte: COPPEAD, acessado em 28.03.2016.