Consideradas o patinho feio do setor há cerca de cinco anos, as operadoras de planos de saúde com hospitais, clínicas e laboratórios próprios hoje são vistas com outro olhar. As operadoras verticalizadas têm conseguido controlar melhor seus custos pois têm rede própria.
É o caso de Hapvida, Intermédica, São Francisco Saúde e UnimedBH, que têm em comum uma rede verticalizada. Elas tiveram crescimento entre 15% e 20% da receita no primeiro semestre e estimam fechar o ano com esse patamar de expansão. Tratase de um desempenho relevante porque a previsão do setor é de queda ou no máximo empatar com 2014.
Nos três primeiros meses do ano, o mercado de planos de saúde perdeu 10,6 mil usuários. O volume não é tão expressivo considerando que o setor tem 50,8 milhões de pessoas, mas chama atenção porque reverte uma tendência de alta dos últimos anos. No período de 2000 a 2014, o setor de convênios médicos cresceu 53%, impulsionado pela entrada da classe C no mercado formal de trabalho.
Segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), entre janeiro e março, o volume de pessoas com convênio médico encolheu 0,02%. Já no trimestre imediatamente anterior, houve crescimento de 0,7%.
Fonte: Valor Econômico, em 03.08.2015.