Por Alexandre Sammogini
O Plano 1 da Previ registrou resultado positivo de R$ 4,17 bilhões no mês de agosto, revertendo completamente o déficit acumulado em 2024. Com isso, o plano passou para um superávit acumulado de R$ 1,48 bilhão. A rentabilidade acumulada em 2025 está em 9,25%, acima da meta atuarial de 6,32%. O Plano 1 acumula patrimônio de R$ 232,9 bilhões em investimentos e mantém 106 mil associados.
“Esse resultado mostra a força da Previ e a maturidade da nossa política de investimentos. Nunca houve rombo de qualquer tipo, os resultados negativos em 2024 foram conjunturais. Nossos investimentos são feitos sempre de forma técnica e criteriosa, por isso são tão resilientes. Atuamos com responsabilidade e visão de longo prazo, sempre com foco na missão de pagar benefícios com segurança e sustentabilidade” , afirma João Fukunaga, Diretor-Presidente da Previ.
Imunização e maturidade – O Plano 1 é um plano maduro, com a maior parte dos participantes já em fase de recebimento de benefícios. Assim, em que pese não ser a única, a estratégia de imunização da carteira através de compra de títulos públicos atrelados à inflação é essencial para garantir a aderência dos ativos aos compromissos previdenciários de longo prazo, diz comunicado da Previ.
De janeiro até agosto de 2025, a fundação realizou desinvestimentos de aproximadamente R$ 7 bilhões em ativos de renda variável e imóveis, com realocação dos recursos em títulos públicos indexados à inflação (NTN-Bs) com taxa média de investimento de IPCA + 7,35% a.a., reforçando a proteção da carteira e a sustentabilidade do plano. Em 2024 já tinham sido investidos outros R$ 12 bilhões.
Em 2012 a carteira do Plano 1 tinha uma alocação de 59% em renda variável. Atualmente, essa alocação está em 26%. A ideia é que nos próximos anos esse percentual, assim como o da carteira de imóveis, diminua gradativamente, sempre aproveitando as melhores oportunidades de mercado. A alocação em renda fixa do plano era de 32% em 2012, e agora está em 64%.
“Esses movimentos refletem a eficiência da Previ na gestão dos investimentos. A venda ou compra de quaisquer classes de ativos pela Previ são sempre fundamentadas em análises criteriosas e decisões técnicas, alinhadas à política de investimentos e ao compromisso com a sustentabilidade dos planos”, afirma Claudio Gonçalves, Diretor de Investimentos.
Previ Futuro – O Previ Futuro, que tem R$ 38,6 bilhões em investimentos e 87 mil associados, também apresentou resultados expressivos em agosto. A rentabilidade acumulada do plano em 2025 é de 10,30%, acima da meta de 6,23%. No acumulado do ano, todos os perfis de investimento também superaram a meta. Os perfis por risco apresentaram rentabilidades de 12,7% no Agressivo, 11,5% no Arrojado, 10% no Moderado e 8,6% no Conservador. Já os perfis por data-alvo do Ciclo de Vida registraram 13% no 2060, 12,1% no 2050, 10,8% no 2040 e 9,3% no 2030.
“A performance dos perfis do Previ Futuro reforça a importância da escolha consciente do perfil de investimento e as vantagens de uma poupança de longo prazo feita em uma entidade como a Previ, que não objetiva lucro e retorna os ganhos de gestão para os seus associados Além disso, a Previ oferece opções que se adaptam à realidade e aos objetivos de cada participante” , destaca Márcio de Souza, Diretor de Administração.
Venda da Neoenergia – A Previ anunciou no último dia 11 de setembro a venda de sua participação na Neoenergia para a Iberdrola, em uma operação estratégica que totalizou cerca de R$ 12 bilhões. O ativo estava registrado na carteira por aproximadamente R$ 10 bilhões, o que representa um ágio de R$ 2 bilhões em relação ao valor de mercado.
A valorização da Neoenergia na carteira da Previ desde o IPO da companhia, em 2019, foi de 145%. No mesmo período, a rentabilidade acumulada da meta atuarial foi de 85,37%, do CDI foi de 70% e a do Ibovespa, de 41%.
A transação foi aprovada e está em fase de cumprimento de etapas de governança, com liquidação financeira prevista para as próximas semanas. A operação deve contribuir significativamente para o aumento do superávit acumulado do Plano 1.
Fonte: Abrapp em Foco, em 18.09.2025.