Pesquisa quantitativa realizada pela TNS Global no Brasil para a Abrapp verificou, junto a empresas e sindicatos, que há uma percepção positiva a respeito da previdência complementar e que as pessoas e empresas estão abertas ao conceito de planos de benefício do sistema fechado. Entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer no que diz respeto à educação previdenciária para dirimir suas dúvidas e amenizar os receios que são manifestados principalmente em relação à complexidade de administração e à burocracia para a implementação dos planos, o que seria visto pelas empresas como um obstáculo ao fomento em relação ao processo de terceirização adotado por elas. A explicação foi apresentada nesta quarta-feira, em Brasília, pelo CEO da TNS, James Conrad, durante painel de debates sobre o tema “Maturidade, Percepção sobre a Previdência Complementar e Oportunidade de Construção do Futuro”, realizado no 36º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão.
“Há um entendimento claro de que os planos fechados não visam lucro, ao contrário da previdência aberta, e ficou clara a percepção de que as taxas de administração são menores e mais atrativas no longo prazo em relação ao sistema aberto, além de sinalizar fortemente a responsabilidade social das empresas com seus funcionários”, lembrou Conrad. Ele acredita que o resultado mais importante da pesquisa foi justamente o de confirmar que as pessoas que administram as empresas estão abertas a novas oportunidades em previdência e enxergam as suas vantagens como uma ferramenta para reter talentos e reduzir o turnover. Apesar disso, admite Conrad, “elas temem a burocracia e a complexidade para administrar os planos, o que é agravado ainda pela falta de cultura para uma poupança de longo prazo no país”.
Fonte: Abrapp, em 07.10.2015.