Por Fernando Mantovani (*)
Recentemente, um departamento que já era importante dentro das empresas ganhou ainda mais destaque: o Compliance. Um fator que contribuiu para essa área ficar em evidência, especificamente, no Brasil, foi a entrada em vigor da Nova Lei Anticorrupção, no ano passado. Ela responsabiliza e permite punir empresas envolvidas em atos de corrupção contra a administração pública nacional ou estrangeira. Este é um bom momento para investir nessa carreira.
Mas afinal, o que é e o que faz o Compliance? O termo em inglês não tem tradução, mas pode ser entendido como aquele que zela pelo cumprimento das políticas e regras da empresa, bem como das normas legais e regulamentares a que ela está sujeita. O principal papel do Compliance é fazer com que problemas e desvios sejam evitados.
Em geral, trabalham nessa equipe profissionais formados em direito e administração, mas é muito comum ter especialistas de acordo com a área de atuação da empresa. O conhecimento técnico e legal são essenciais para quem quer atuar nessa área. Em média, o salário para um cargo de gerência é de R$ 15.800, com bônus anual que pode ser de até cinco vezes o valor do salário mensal.
Para as demais áreas da companhia, o Compliance é o chato. “Não pode isso”, “isso não está em conformidade com as políticas internas” ou “estamos restritos” são algumas das frases ouvidas pelos parceiros de negócios. Mas é graças a eles que muitos problemas nem chegam a acontecer. Por isso, na dúvida, pergunte ao Compliance.
(*) Fernando Mantovani é managing director da Robert Half.
Fonte: Exame.com, em 16.03.2015.