Números consolidados, divulgados pela Abrapp na última sexta-feira (8), confirmam a regra segundo a qual os resultados apresentados pelos fundos de pensão devem ser vistos respeitando a natureza de longo prazo dessas entidades, importando pouco as variações positivas ou negativas de um ano ou outro. Os dados mostram que no período compreendido entre 2005 e março último, isto é, um horizonte de tempo que inclui o primeiro trimestre, a rentabilidade acumulada nos investimentos alcançou os 231%, ficando muito acima, portanto, dos 178% apontados como o máximo exigido para cobertura das obrigações contidas no passivo.
Especificamente quanto ao primeiro trimestre deste ano, os dados - que mostram uma foto e não o filme inteiro - a rentabilidade foi de 1,06%, contra uma meta atuarial de 3,48%. Tudo indica, no entanto, que a recuperação em andamento desde o início deste ano deverá reverter em resultados provavelmente positivos ao findar o primeiro semestre.
O consolidado estatístico revela também que os fundos de pensão chegaram ao final de março com ativos totais de R$ 679 bilhões, equivalentes a 13,8% do PIB brasileiro.
Outra indicação importante é quanto aos ativos dos planos instituídos por associações e sindicatos, a vertente de maior crescimento de nosso sistema e que evoluíram notavelmente de R$ 1,3 bilhão, em dezembro de 2011, para R$ 2,5 bilhões em março último.
Em março último o valor médio das aposentadorias programadas pagas pelos fundos de pensão ficou em R$ 3.854, enquanto aquelas por invalidez foram de 1.619 e as aposentadorias em R$ 1.831.
Fonte: ABRAPP, em 11.08.2014.