Por Maria Cristina Frias
A carga tributária das operadoras de planos de saúde da modalidade de medicina de grupo alcançou 26,7% do faturamento em 2013. O número é um ponto percentual superior ao registrado quatro anos antes.
No total, as empresas pagaram R$ 8,4 bilhões em impostos em 2013 --o faturamento do setor ficou em cerca de R$ 31,5 bilhões.
Os dados são de estudo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) a pedido da Abramge (que representa o segmento de medicina de grupo).
"A alta é decorrente do aumento difuso de algumas alíquotas e vai em direção contrária ao que ocorre em vários setores da economia", diz Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da Abramge.
"Muitos segmentos tiveram desoneração tributária e na folha de pagamento nos últimos anos", acrescenta.
O executivo ainda afirma que, apesar da alta de 16% no faturamento registrada pelo setor em 2013, a performance das companhias não tem sido boa devido à pequena margem de lucro. "Ela não chega a 1%", diz.
"Nossos custos administrativos são altos e temos um grande índice de sinistralidade, diferentemente de outros segmentos de seguros."
A entidade levará o estudo ao governo federal. "Nunca tivemos um projeto de desoneração. A reforma tributária poderá entrar em pauta no ano que vem e esperamos ser beneficiados por algum novo arranjo do sistema."

Fonte: Folha de São Paulo, em 12.09.2014.