Há algo de novo surgindo no mundo em matéria de governança, mostra pesquisa. São as empresas multinacionais que, preocupadas em acompanhar mais de perto como são governados os fundos de pensão que patrocinam através dos vários continentes, começam cada vez mais a instalar comitês de mapeamento e monitoramento com foco na governadoria e que, embora operando a partir de suas sedes, utilizam critérios globais ao agir.
Foi Ana Maria Martins, responsável pela consultoria jurídica em previdência complementar da Mercer, que informou sobre essa nova tendência, ao ser expositora em um seminário promovido ontem por sua empresa em São Paulo. “E esses comitês estão sendo colocados para trabalhar mais regularmente”, acrescentou ela.
Já uma outra pesquisa da Mercer, mas esta feita no Brasil, diz a também consultora Marlene Rainer, mostra que a consciência das patrocinadoras de planos acerca da importância da governança vai avançando, ainda que para não poucos especialistas esse crescimento pareça lento. O levantamento indica que 62% das empresas nessa condição investem na melhoria da governadoria que serve ao plano. E outras 17% pretendem fazer isso em até três anos à frente.
E sobram razões para agir assim. Nada menos de 94% das patrocinadoras com melhor nível de governança dizem que os participantes dos planos retribuem valorizando a previdência complementar que lhes é oferecida.
Aqui ou no exterior, explica Ana Maria, as empresas que acordaram para os benefícios de uma boa governança não tem dúvidas quais são esses ganhos: os resultados tendem a ser melhores, os recursos disponíveis são melhor geridos e a qualificação se dissemina com maior facilidade.
Dispor de manuais sem dúvida ajuda a estruturar a rotina da governança, eliminando boa parte dos riscos que envolvem a troca de pessoas na execução das tarefas e a participação de várias áreas diferentes em um mesmo processo.
Fonte: ABRAPP, em 30.05.2014.