4º ENA debate o tema que volta a assustar os brasileiros
Mesmo após a estabilização mais duradoura dos últimos 30 anos, que veio com o Plano Real, o Brasil ainda não se curou completamente dessa doença e continua a mercê de aumentos renitentes de preços, de tempos em tempos. E, além disso, a profusão de índices complica ainda mais a situação, pois dificilmente os preços por atacado sobem junto com os ao consumidor. A constatação foi feita agora há pouco pelo professor de economia da PUC-RJ, Luiz Roberto Cunha. O economista falou a uma plateia lotada na apresentação Precificação num Cenário de Inflação, no segundo dia do 4º. Encontro Nacional de Atuários, em São Paulo. “A convergência entre os índices no Brasil é quase impossível, ao contrário. Só cresce. A discrepância chega a 40%”, disse. Essa distorção é difícil de quantificar e seus impactos quase nunca são neutros”.
"A inflação é preocupação constante do atuário no Brasil, que precisa escolher o melhor índice de correção para calcular corretamente os custos. Mesmo na precificação de seguros de pessoas, para o qual a inflação é menos relevante, ela afeta um componente do preço, o de despesas administrativas", diz Helio Pavão, da Safra Seguros, em seus comentários à apresentação de Cunha.
Fonte: CNseg, em 16.09.2015.