
“Clínica Médica – uma especialidade diferenciada”, será o tema do IV Fórum Virtual da especialidade, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizará no dia 4 de novembro. O evento vai debater temas como o papel da clínica médica no atendimento integral ao paciente e a uso da inteligência artificial sob uma perspectiva ética. “Será uma oportunidade ímpar para que os especialistas se atualizem e, também, para o debate de casos clínicos”, adiantou o coordenador da Câmara Técnica, conselheiro federal Carlos Magno Dalapicola.
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Programação – A primeira mesa redonda vai debater a “Relevância da clínica médica na linha integral de cuidados”, com os seguintes temas: “Integração entre diagnóstico, tratamento e continuidade do cuidado”, “O cuidado a pacientes complexos”, “Envolvimento de equipe multiprofissional liderada pelo clínico” e “Comunicação em situações difíceis”. Os palestrantes serão os membros da Câmara Técnica de Clínica Médica, Fernando Sabia Tallo, Patrick Aureo Lacerda de Almeida Pinto, Márcio Fernando Spagnól e Douglas Henrique Crispim.
No horário da tarde, a mesa redonda “A inteligência artificial e a prática clínica” terá como palestrantes o membro do grupo de trabalho do CFM sobre Inteligência Artificial Francisco das Chagas Bastos Neto, que falará sobre “Como operacionalizar a inteligência artificial?”; o radiologista e diretor do Colégio Brasileiro de Radiologista Augusto Nunes, responsável por falar acerca da “Ética Médica e o uso da Inteligência Artificial” e o coordenador da Câmara Técnica de Clínica Médica, Carlos Magno Dalapicola, que comentará sobre “Casos clínicos e a interação com a Inteligência Artificial”.
A última mesa redonda vai debater o tema “A clínica médica e o uso da tecnologia moderna”, que vai abordar os seguintes tópicos, “Cidade madura – internet das coisas (internet of things – IoT) como recurso clínico”, a ser apresentado pela professora e pediatra neonatologista Juliana Soares, e “O uso dos vestíveis como recurso de acompanhamento clínico”, exposto pelo membro da Câmara Técnica da Clínica Médica Pedro Gabriel Melo de Barros.
CFM participa de reunião com Ministério da Saúde para debater o Cadastro Nacional de Especialistas

O representante do CFM na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Alcindo Cerci Neto, participou na tarde de terça-feira (21) de uma reunião com o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Felipe Proenço, para debater o Cadastro Nacional de Especialistas, que o Ministério da Saúde pretende apresentar amanhã (23).
O Cadastro Nacional vai mostrar quem são os médicos especialistas no Brasil e como eles se distribuem geograficamente. “A partir dessas informações, o governo pretende implementar políticas públicas de alocação de mão de obra e de oferta de cursos de residência, por exemplo”, argumentou o secretário do SGTES, Felipe Proenço.
Alcindo Cerci Neto enfatizou o fato de o governo considerar como especialista apenas quem concluiu uma residência médica ou obteve o título pela Associação Médica Brasileira (AMB). “O fato de o governo considerar a residência médica como o padrão-ouro na formação do especialista, é algo a ser destacado”, afirmou.
I Fórum de Tecnologia da Informação do CFM vai debater o impacto das inovações na medicina

A telemedicina e a cirurgia robótica são dois exemplos de como a tecnologia se faz presente no ambiente médico, mas o impacto na saúde é muito maior. Para debater como os avanços tecnológicos afetam a medicina, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vai promover no dia 26 de novembro, na sede da autarquia, em Brasília, o “I Fórum de Tecnologia da Informação em Saúde e Medicina” da entidade, destinado a médicos e profissionais da área tecnológica.
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“É fato que as novas tecnologias melhoraram a assistência à população, mas precisamos analisar se as questões éticas e normativas estão acompanhando essas evoluções. Também devemos ter uma visão prospectiva, avaliando como os futuros avanços podem repercutir na relação médico paciente”, avalia o 1º secretário e responsável pela Coordenação de Informática do CFM, Hideraldo Cabeça.
Programação – O Fórum vai começar com a conferência “O uso da tecnologia em saúde e seu impacto no exercício da medicina”. Em seguida, será realizado o painel “Desafios éticos da saúde digital”, que vai abordar os seguintes temas: “Limites da tecnologia na relação médico-paciente”, ao “Impacto da telemedicina na humanização do atendimento” e de “Como equilibrar inovação e ética médica?”.
O painel seguinte vai abordar o tema “A formação do médico na Era Digital”, debatendo questões como “Currículo médico: Competência digital na formação”, “O ensino da tecnologia sem perder essência da medicina” e “Perspectivas para o futuro da profissão” e o “Uso de IA no diagnóstico e na decisão clínica”.
O último painel da manhã vai debater o tema “Segurança de Dados e LGPD na Saúde”, o qual será subdividido nos seguintes subtemas: “Proteção de dados: ética e privacidade”, “Interoperabilidade dos sistemas e prontuário eletrônico” e “Compartilhamento de dados na Saúde Suplementar”.
As atividades do horário da tarde vão começar com a conferência “Saúde conectada: integração, informação e inteligência a serviço do paciente”. Em seguida, o painel “Inovação na saúde: realidade e futuro” vai debater os temas: “IA e inovação: impacto na gestão da saúde”, “Cirurgia Robótica”, “Uso de Avatar na medicina” e “Tecnologias emergentes em saúde”.
O último painel do 1º Fórum de Saúde Digital do CFM terá como tema geral “O futuro da saúde digital no Brasil”, quando serão apresentadas as visões do legislativo, do judiciário, do executivo e do CFM sobre o uso das novas tecnologias na saúde.
“Vamos trazer representantes dos médicos, das instituições de saúde, de agências reguladoras e das empresas de tecnologia, além de palestrantes internacionais, para debatermos questões que afetam o dia-a-dia do médico, ou que podem impactar a nossa profissão no futuro”, resume Hideraldo Cabeça.
CFM repudia decreto que limita auxílio-moradia dos médicos residentes e apoia proposta do deputado Zacharias Calil

O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifesta-se de forma contrária ao Decreto nº 12.681/2025, publicado no Diário Oficial da União em 21 de outubro, que fixa o valor do auxílio-moradia dos médicos residentes em apenas 10% da bolsa mensal, cujo valor é de R$4.106,09 desde 2022.
“O decreto representa uma restrição inaceitável a um direito assegurado pela Lei nº 6.932/1981. É urgente não apenas revogar essa indexação de 10%, mas, também recompor o valor da bolsa de residência médica, congelada há mais de três anos. Enquanto os residentes recebem R$4.106,09 por 60h de trabalho semanal, a bolsa do programa Mais Médicos é de R$14.058 para 44 horas”, alerta o presidente do CFM, José Hiran Gallo, afirmando que “limitar o auxílio-moradia a um valor meramente simbólico é reduzir um direito e ignorar as diferenças de custo de vida entre as diversas regiões brasileiras”.
No mesmo sentido, o deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil-GO) apresentou o Projeto de Decreto Legislativo propondo a sustação do §1º do artigo 11 do Decreto nº 12.681/2025. O parlamentar argumenta que o texto do Executivo “inova na ordem jurídica ao criar restrição de direito sem base legal”, e que “cabe ao Congresso Nacional exercer seu papel fiscalizador e sustar o dispositivo que afronta a legalidade e o princípio da razoabilidade administrativa”.
Calil enfatiza que fixar o auxílio-moradia em pouco mais de R$400 torna o benefício inaplicável. “O legislador, ao garantir ‘moradia’, pretendeu assegurar condições dignas de permanência e formação, e não um pagamento meramente formal. A sustação proposta é medida necessária à proteção da legalidade e à valorização dos profissionais que integram os programas de residência médica no Brasil”, afirma Calil.
Hiran Gallo reitera que “o CFM continuará atuando junto ao Congresso Nacional para garantir que o direito dos médicos residentes seja efetivamente respeitado, conforme a legislação vigente”.
Fonte: Portal CFM, em 22.10.2025.