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Nesta quinta-feira (11), a partir das 10h, o Plenário do Senado fará sessão especial para comemorar os 80 anos do Conselho Federal de Medicina (CFM). A celebração, solicitada pelo senador Dr. Hiran (PP-RR) – presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina – reconhece a importância da instituição e dos médicos para a saúde da população.
“Os 80 anos do CFM representam um marco histórico para a medicina brasileira e para a sociedade como um todo. A celebração dessa data é uma forma de reconhecer a trajetória da instituição e de reafirmar o seu compromisso com a saúde e o bem-estar dos brasileiros”, justifica o senador no requerimento (RQS 240/2025).
Hiran destacou a atuação do CFM na normatização da telemedicina (Lei 14.510, de 2022) e da cirurgia robótica, além do acompanhamento da aplicação da inteligência artificial na área da saúde. Ele também ressaltou o papel do Conselho na formulação de políticas públicas e de diretrizes para a prática médica.
Criado em 1945, o CFM atua na regulamentação e fiscalização do exercício da medicina no Brasil. A instituição trabalha na defesa da ética médica, na qualidade dos serviços de saúde e na garantia dos direitos dos pacientes.
Fonte: Agência Senado
CFM 80 anos: História, Compromisso e Futuro da Medicina no Brasil
Ministra portuguesa mostra ações do governo para melhorar a saúde no país europeu

A parte científica da comemoração dos 80 anos do CFM, realizada nesta quarta-feira (10), em Brasília, terminou com uma conferência da ministra da Saúde de Portugal, Ana Paula Martins, que falou sobre o tema “Transformação dos sistemas de saúde”. “Depois da covid 19, muitas fragilidades apareceram, como o aumento dos pacientes oncológicos, que não foram rastreados durante a pandemia. Cabe a nós, como gestores da saúde, encontrarmos as melhores soluções”, afirmou.

Segundo a ministra, o Sistema Nacional de Saúde português enfrenta problemas causados por três motivos principais: aposentadoria dos profissionais de saúde, emigração de médicos para outros países europeus e para os Emirados Árabes e envelhecimento da população. Para resolver os gargalos, o atual governo lançou o Plano de Emergência e Transformação na Saúde (PETS), que permitiu a contratação de prestadores de serviços privados para o atendimento à população.
“A partir de metas e indicadores, estamos conseguindo identificar os pontos críticos e quantificar o que está sendo feito para melhorar a saúde dos portugueses”, explicou Ana Paula Martins. Ela afirmou que é preciso melhorar, por exemplo, o acesso a tratamentos oncológicos, mas que esse diagnóstico só foi possível depois do PETS. “Estamos abertos a ouvir críticas, mas ter um plano que precisa de melhorias, é melhor do que não ter plano algum”, afirmou.
A parte científica da comemoração dos 80 anos do CFM foi transmitida pelo canal do CFM no Youtube e a conferência da ministra da saúde portuguesa pode ser acessada AQUI.
CFM AO VIVO – Homenagens (parte 3)
Palestrantes europeus debatem sobre ética médica universal
e redes globais de cooperação em saúde
Durante o período da tarde da programação comemorativa dos 80 anos de fundação do Conselho Federal de Medicina (CFM), na sede da autarquia, em Brasília, o assessor da área internacional do Colégio Médico da Espanha, José Ramón Huerta, e o diretor de serviços de coordenação das relações internacionais ministério da saúde de Portugal, Francisco Pavão, falaram sobre ética médica universal e redes globais de cooperação em saúde.

Em sua exposição, Huerta abordou o tema “Ética Médica além das Fronteiras: é possível uma regulamentação universal?”. Ele resgatou documentos históricos como a Declaração de Genebra, a Declaração de Helsinque, a Convenção de Oviedo e a Declaração Universal da Unesco sobre Bioética e Direitos Humanos, apontando a necessidade de uma convergência flexível entre princípios universais da ética médica e as especificidades culturais, religiosas e legais de cada país.
“A ética médica universal é possível, não como um código rígido, mas como um quadro comum de valores que assegure a dignidade humana, os direitos dos pacientes e a confiança social na medicina”, destacou.
Já Pavão apresentou a conferência “Redes Globais de Cooperação na Medicina: uma nova realidade”, em que ressaltou a crescente importância da diplomacia da saúde global e da cooperação técnica e científica entre países. Ao analisar a arquitetura internacional da saúde, ele mostrou como diferentes atores, desde agências da ONU e bancos multilaterais até organizações não governamentais e fundações privadas, influenciam o acesso a recursos, tecnologias e inovações.

Segundo ele, quando bem conduzida, a diplomacia da saúde resulta em melhor equidade, confiança entre Estados e fortalecimento das políticas públicas de saúde. “A Saúde Global é tratada por mais de 40 agências bilaterais, 26 agências das Nações Unidas, 20 Fundos Globais ou Regionais e 19 iniciativas globais. Conflitos são inevitáveis, havendo necessidade de melhor coordenação e coerência”, ressaltou.
Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, ao integrar reflexões sobre ética médica universal e cooperação internacional em saúde, o evento reforçou o papel do CFM como protagonista no diálogo global sobre a profissão médica. Para a autarquia, a consolidação de princípios éticos compartilhados e a ampliação das redes de cooperação são passos fundamentais para garantir uma medicina mais justa, centrada na pessoa e comprometida com os direitos humanos.
Fonte: Portal CFM, em 11.09.2025.
