
O Conselho Federal de Medicina (CFM) cumpriu extensa agenda de reuniões, assinatura de protocolos e homenagens com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) durante esta semana. O presidente do CFM, José Hiran Gallo, se reuniu nesta quinta-feira (9) com o reitor da Universidade do Porto, António Pereira, para tratar da renovação do protocolo de cooperação referente ao Programa Doutoral em Bioética, destinado a estudantes brasileiros. Já são 18 anos de parceria entre as duas instituições. Durante o encontro, foram definidos novos objetivos com vistas a oferecer um apoio mais próximo aos alunos, de modo a auxiliá-los na conquista de suas metas acadêmicas.
Gallo ainda participou de uma audiência com o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, professor Altamiro da Costa, para concluir a assinatura do protocolo de convênio. No encontro, ele entregou ao diretor uma lembrança alusiva aos 80 anos do CFM, em reconhecimento à parceria institucional. O dirigente não pôde estar presente nas atividades comemorativas realizadas no Brasil, no mês passado.
O presidente do CFM também foi agraciado e tornou-se o primeiro homenageado com a Medalha de Honra do Centro de Bioética da FMUP. A condecoração foi entregue pelo professor Rui Nunes, diretor do Programa Doutoral em Bioética, e pela professora Guilhermina Rego, vice-presidente da Comissão de Ética da FMUP. A honraria reconhece a atuação de Gallo como grande defensor e disseminador da bioética no Brasil. A medalha será concedida a cada dois anos.

“Receber essa medalha é, ao mesmo tempo, uma alegria pessoal e um reconhecimento ao esforço coletivo do CFM em promover uma prática médica cada vez mais ética, humana e comprometida com a dignidade da vida. Eu fico emocionado e gostaria de dividi-la com todos vocês, médicos brasileiros. Gostaria de agradecer também a todos os professores. Esta parceria com a FMUP reforça nossa convicção de que a bioética deve continuar sendo o eixo que orienta a formação e a atuação dos médicos, tanto no Brasil quanto em qualquer parte do mundo”, afirmou.
O professor Rui Nunes também celebrou a parceria de 18 anos entre as instituições, disse que se trata, seguramente, do melhor programa de bioética em medicina no cenário internacional e explicou que a homenagem se deve a quem teve a trajetória de vida não apenas de acordo com os valores e princípios da bioética, mas também com quem teve papel central na difusão nacional e internacional desses princípios.
“Esse programa é um orgulho. O presidente do CFM foi um dos primeiros doutores em bioética do programa e tem sido incansável em conciliar as suas funções de presidente do Conselho Federal de Medicina com a divulgação da bioética, criando estruturas com peso institucional na área”, disse.
CFM recebe Sociedade Brasileira de Nefrologia para tratar da crise da diálise no Brasil

O Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu em sua sede, em Brasília, nesta quarta-feira (8/10), representantes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) para debater o que a entidade chama de “grave crise que atinge o acesso ao tratamento dialítico no país”.
Durante a reunião, o presidente da SBN, José Andrade Moura Neto, e o vice-presidente da região Sudeste, Pedro Túlio Monteiro de Castro de Abreu Rocha, expuseram os principais dados da situação. Segundo levantamento realizado em maio de 2025, mais de 1.095 pacientes estão em lista de espera por vagas de diálise em diferentes estados brasileiros, alguns permanecendo internados por até sete meses enquanto aguardam atendimento, o que os deixa sujeitos a complicações graves.
Os representantes destacaram ainda a defasagem histórica na tabela do SUS. Enquanto o valor pago por sessão de hemodiálise é de cerca de R$ 240,00, o custo real ultrapassa R$ 390,00, resultando em um déficit de aproximadamente 38%. Essa diferença compromete a sustentabilidade das clínicas, inviabiliza a abertura de novos serviços e amplia a dificuldade de acesso ao tratamento.
O CFM foi representado pelo presidente em exercício, Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti, pelo 1º secretário, Hideraldo Luís Souza Cabeça, pelo 2º tesoureiro, Carlos Magno Pretti Dalapicola, além do coordenador da Câmara Técnica de Nefrologia, José Elerton Secioso de Aboim.
Como encaminhamento, o CFM propôs a realização de um fórum nacional de discussões e proposições sobre a crise da diálise, reunindo representantes da sociedade, do Judiciário, do Ministério Público, de associações de pacientes, médicos e parlamentares. A iniciativa busca construir soluções conjuntas e dar maior visibilidade ao problema, sensibilizando diferentes esferas de decisão.
O tema já vem sendo divulgado em veículos de grande alcance, como Bom Dia Brasil e Jornal Nacional. Para o CFM e para a SBN, ampliar a visibilidade da crise é passo essencial para garantir que o acesso à terapia dialítica – um tratamento vital – seja assegurado a todos os pacientes renais crônicos no país.
CFM e MDS discutem parceria para fortalecer atendimento a dependentes químicos

Nesta quarta-feira (8), o Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu representantes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) para dar prosseguimento às discussões sobre o acolhimento e a avaliação médica prévia de indivíduos em situação de dependência química. A audiência foi realizada presencialmente na sede da autarquia, em Brasília.
Participaram, pelo CFM, o 1º vice-presidente, Emmanuel Fortes, e o 2º tesoureiro, Carlos Magno Dalapicola. Pelo MDS, estiveram presentes Sâmio Falcão Mendes (diretor) e Diego Mantovaneli (coordenador-geral de Articulação e Projetos Estratégicos).
Durante a reunião, foi apresentada a Resolução CFM nº 2.443/2025, que define critérios para avaliação médica e para a elaboração dos documentos necessários ao encaminhamento de candidatos a acolhimento em comunidades terapêuticas. Psiquiatra e relator da normativa, o 1º vice-presidente do CFM esclareceu dúvidas e detalhou os principais pontos do texto.
Como resultado da reunião, ficou definido que será firmada uma parceria estratégica entre o CFM e o MDS, com o objetivo de fortalecer a rede de atendimento a dependentes químicos no país. “O que a gente vai fazer é preparar uma ação conjunta, inclusive de capacitação, para tirar todas as dúvidas e fortalecer toda a rede que criou a comunidade terapêutica”, afirmou Fortes.
Fonte: Portal CFM, em 09.10.2025.