Com atualização epidemiológica, Ministério da Saúde investiga 4.291 casos suspeitos de microcefalia
O Ministério da Saúde está investigando 4.291 casos suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado, dos casos já analisados, 944 foram confirmados e 1.541 descartados.
Desde o início da investigação, em outubro de 2015, foram notificados 6.776 casos suspeitos de microcefalia. Os dados do informe epidemiológico do Ministério da Saúde são enviados semanalmente pelas secretarias estaduais de Saúde e foram fechados no último sábado, dia 26 de março.
Até o dia 26 de março, foram registrados 208 óbitos (fetal ou neonatal) suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Destes, 47 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 139 continuam em investigação e 22 foram descartados.
Os 6.776 casos notificados estão distribuídos em 1.285 municípios, de todas as regiões do país. A maioria foi registrada na região Nordeste (5.315 casos, o que corresponde a 78%), sendo o Estado de Pernambuco a Unidade da federação com o maior número de casos que ainda estão sendo investigados (1.207). Em seguida, estão Bahia (676), Paraíba (412), Rio de Janeiro (322), Rio Grande do Norte (289) e Ceará (240).
Os Estados do Acre, Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Sul informaram circulação autóctone do vírus Zika. Sendo assim, todas as 27 Unidades da Federação estão com circulação do Zika. Os 944 casos confirmados ocorreram em 358 municípios, localizados em 21 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraná.
Os 1.541 casos descartados foram classificados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infecciosas.
ORIENTAÇÃO
O Ministério da Saúde mantém as orientações às gestantes, que devem adotar medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Fonte: Ministério da Saúde/CREMESP, em 01.04.2016.