Segundo a SUSEP, em jan./dez. de 2015, o faturamento do mercado de seguros regulado pela autarquia atingiu R$ 218,7 bilhões, o que representou aumento nominal de 10,1% sobre o volume no mesmo período de 2014. Dado que a inflação média anual em 2015 (IPCA) foi de 9,0%, infere-se que houve acréscimo real da arrecadação de 1%. Tal desempenho foi marcadamente diferenciado entre os grandes grupos – produtos de acumulação, produto de risco em seguros de pessoas, seguros gerais e capitalização.
A arrecadação bruta de produtos de acumulação mostrou, em jan./dez. de 2015, alta de 18,3% sobre jan./dez. de 2014, sendo de se destacar a alta expressiva das contribuições do VGBL individual no período, que subiram 21% no mesmo período. As contribuições ao PGBL e a planos tradicionais tiveram variação de 7,1% e queda de 3,2%, respectivamente no período.
Os prêmios de seguros de vida individual, vida coletivo e prestamista tiveram variações de 23,3%, 7,9% e 3,1% nesta ordem. Assim, os produtos de risco do ramo vida tiveram alta da receita de 7,6% em jan./dez. de 2015 sobre jan./dez. de 2014, bem abaixo da expansão dos produtos de acumulação.
Em termos reais (ou seja, extraindo-se o efeito inflacionário), observa-se que a arrecadação dos seguros de pessoas/ produtos de risco manteve-se abaixo da inflação (-1,3%) em relação a 2014, enquanto a de seguros de pessoas / produtos de acumulação cresceu 8,5%.
A arrecadação de prêmios de seguros gerais cresceu apenas 4,9% em jan./dez. de 2015 sobre jan./dez. de 2014 em função do fraco desempenho da economia neste ano. Assim, em termos reais, tal arrecadação mostrou decréscimo de 3,8%.
Dentro desse grupo, o faturamento do ramo mais importante - seguro de automóveis - cresceu 3,5% sobre jan./dez. de 2014 e o do seguro patrimonial, alta de 2,7%, em jan./dez. de 2015 sobre jan./dez. de 2014.
No âmbito da ANS, as receitas de contraprestações das operadoras médico-hospitalares foram estimadas em R$ 145,3 bilhões em jan./dez. de 2015, o que representa 14,3% a mais em relação à receita de jan./dez. de 2014, quando as mesmas atingiram R$ 127,1 bilhões. Um avanço de 4,9% em valores reais, já descontada a inflação.
A receita das empresas de capitalização manteve desempenho negativo, caindo 2,3% em jan./dez. de 2015 contra jan./dez. de 2014, diferente do aumento de 4,3% em jan./dez. de 2014 sobre jan./dez. de 2013.
Fonte: Tudo Sobre Seguros, em 09.03.2016.