Evento acontece nesta quinta-feira (30) e é voltado para hospitais associados
Nesta quinta-feira (30), a Interfarma e a Anahp promovem o webinar “Falsificação de Medicamentos”. Voltado para hospitais associados, o evento acontecerá das 10h às 11h30 e contará com as participações de Renato Alencar Porto, presidente-executivo, Luciana Takara, diretora de política e inteligência regulatória, e Priscila Carriel, coordenadora de Boas Práticas Regulatórias, todos da Interfarma; Evelyn Tiburzio, diretora técnica da Anahp; além de representantes de farmacêuticas: Pfizer, Daiichi Sankyo, Novo Nordisk, Lilly e JnJ. O objetivo é promover uma interlocução entre as instituições para combater a falsificação de medicamentos, um problema crescente que afeta diretamente a segurança dos pacientes e o funcionamento do sistema de saúde no Brasil.
Hoje, a prática envolve a produção e a comercialização de produtos que não seguem os padrões de qualidade exigidos, podendo comprometer a eficácia dos tratamentos, agravar quadros clínicos ou mesmo provocar reações adversas graves. Além dos prejuízos à saúde, esse mercado ilegal movimenta bilhões de reais e está diretamente ligado ao financiamento de atividades criminosas, como o tráfico de drogas e outros ilícitos.
Com o apoio da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), a cartilha “Falsificação de Medicamentos – Cartilha de Conscientização aos Consumidores” reúne informações essenciais sobre os riscos e os impactos da falsificação de medicamentos.
A publicação traz dados alarmantes: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um em cada dez medicamentos comercializados em países de baixa e média renda é falsificado ou de baixa qualidade. A situação se agrava com a proliferação de vendas em canais digitais não autorizados, como redes sociais e sites sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), prática proibida pela RDC nº 44/2009.
O impacto econômico também é expressivo. A comercialização de medicamentos falsificados prejudica a arrecadação de impostos e sobrecarrega o sistema público de saúde, ao demandar atendimento para complicações evitáveis.
A cartilha também orienta os consumidores sobre sinais de alerta: erros de ortografia na embalagem, lacres rompidos e selos de segurança violados, preços muito abaixo dos praticados no mercado e códigos de lote ilegíveis. Destaca ainda a tinta reativa presente em alguns medicamentos legítimos, que revela a palavra “Qualidade” ao ser friccionada com uma moeda. Outra medida importante de verificação é a conferência do registro do medicamento no site da Anvisa, em que o número do lote e a data de validade devem coincidir com os dados impressos na embalagem.
O material também alerta para os riscos dos medicamentos legítimos desviados para canais ilegais. Mesmo autênticos, esses produtos perdem sua garantia de segurança e qualidade quando comercializados fora das rotas regulares de distribuição, armazenados de forma inadequada ou vencidos. Nesses casos, o papel do farmacêutico é essencial para orientar o uso seguro e identificar possíveis irregularidades.
Entre as recomendações à sociedade para combater esse problema, estão:
* Evitar a automedicação.
* Não adquirir medicamentos pelas redes sociais ou sites sem CNPJ.
* Informar familiares e amigos sobre os riscos.
* Descartar corretamente medicamentos vencidos ou suspeitos em pontos autorizados.
Atitudes individuais como essas ajudam a reduzir a circulação de produtos ilegais e proteger a saúde coletiva.
Acesse gratuitamente a cartilha em formato digital no site da Interfarma.
Fonte: Anahp, em 28.10.2025