Feliz é a organização cuja cultura interna proporciona segurança às pessoas para expressar suas visões e incentiva o pensamento dissonante, dessa forma permitindo aos colaboradores discutir de forma franca os dilemas éticos. O comentário é do consultor Alexandre da Silveira, da Direzione Consultoria, segundo quem esse caminho provavelmente vai levar a um ambiente no qual cada um se sinta responsável pelos seus atos e omissões. Alexandre foi o primeiro expositor no painel que tratou momentos atrás da “Governança como Atitude e a Gestão Estratégica das EFPCs”.
Alexandre apontou os 10 princípios da governança bem sucedida: 10 princípios de boa governança: transparência e integridade das informações prestadas; prestação de contas voluntária e responsabilização pelas decisões tomadas; avaliação de desempenho, remuneração justa e meritocracia; Contrapesos independentes no processo decisórios, pois deve-se evitar a concentração do poder através do fomento de visões alternativas; sustentabilidade e visão de longo prazo; respeito às formalidades, controles e supervisão independentes; o exemplo quanto ao comportamento ético deve vir da liderança; a cooperação entre os colaboradores deve ser incentivada; equidade e promoção da participação efetiva de todos; diversidade interna, tratamento justo e ausência e políticas discriminatórias.
A segunda expositora, Adriana de Carvalho Vieira, Coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Governança, notou que “o ambiente de nosso sistema está muito bem estruturado em matéria de boas práticas”. Se algo ocorreu diferentemente disso, “foram pontos fora da curva”.
Disse também termos um ambiente regido pela Res. CGPC 13, uma norma moderna e bem avaliada. O regime passou de policialesco (repressivo) a educador e orientador.
Tem confiança que o sistema vai vencer todos os desafios, mesmo vivendo uma época de muitos conflitos.
Sérgio Rosa, conselheiro em algumas das empresas de cujo capital a Previ participa, notou que a gestão é importante porque cria valor para as organizações, uma vez que é dela que depende o seu melhor funcionamento. E a governança é o alicerce de tudo, porque distribui as responsabilidades e diz como serão resolvidas as coisas.
Atacou o vício da omissão e comentou que “princípios dependem de pessoas e, por isso mesmo, não podem prescindir de uma cultura organizacional”.
Fonte: Abrapp, em 08.10.2015.