O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) lamentou nesta terça-feira (27) o corte de R$ 12 bilhões na área de saúde, de acordo com o relator-geral da proposta orçamentária para 2016. O senador observou que o Farmácia Popular vai acabar, já que não há previsão orçamentária para o ano que vem.
Flexa Ribeiro também citou dados do Instituto de Saúde Suplementar, segundo o qual mais de 500 mil brasileiros deixarão de ter plano de saúde, sendo que a inadimplência do setor supera os 46%.
O senador mencionou ainda pesquisa do Instituto Datafolha, de acordo com o qual 93% dos brasileiros classificam o serviço de saúde como péssimo, ruim ou regular.
Mamografias
Ele também criticou o fato de, em pleno mês que se promove a campanha pelo diagnóstico precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde tenha editado uma portaria que restringe o número de mulheres que devem fazer a mamografia.
Antes, o exame era determinado para mulheres a partir dos 40 anos, agora, com a portaria, apenas aquelas com mais de 50 e até 69 anos devem se submeter ao exame. Isso apesar de os médicos recomendarem o exame a partir de 40 anos, afirmou.
— Os brasileiros não querem provar os tais 'remédios amargos' [anunciados pelo governo]. Não querem, não devem e não merecem. Não foram eles os culpados por essa situação de colapso. É preciso tratá-los com respeito e oferecer-lhes uma saúde de qualidade e de forma eficiente vamos extirpar o mal da corrupção, arrancando pela raiz esse agente infeccioso. Será possível devolver aos brasileiros um SUS onde a saúde seja encarada como prioridade.
Fonte: Agência Senado, em 27.10.2015.