“A Abrapp vai fazer história ao colocar tão claramente na agenda brasileira o debate acerca da importância da construção do longo prazo”, disse Paulo Cidade, da TNS Global, declaradamente pensando nas dificuldades que cercam qualquer reflexão sobre o amanhã em um País voltado para o curto prazo. A TNS, uma empresa com experiência global e muito bem sucedida ao produzir trabalho ao qual se atribui a abertura de novas perspectivas de crescimento para a previdência complementar inglesa, vai fazer um dos estudos que começam a ser elaborados com o objetivo de subsidiar as políticas de fomento de nosso sistema. Do outro está encarregado o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas - FGV.
O Grupo de Trabalho constituído para ajudar a orientar o estudo da TNS teve ontem a sua primeira reunião, quando se repassou em linhas gerais o que se espera dos 2 trabalhos. Devanir Silva, Superintendente-geral da Abrapp, explicou resumidamente: “O IBRE vai mensurar o potencial de nosso sistema e o custo versus benefícios que o Estado brasileiro teria, estes últimos com certeza muito maiores do que o primeiro, ao adotar medidas que permitam atingi-lo. Tão convencidos estamos de que o Estado tem muito mais a ganhar do que perder, que temos dito que a posição da Abrapp é menos a de estar pedindo algo ao governo e sim a de vir oferecer ao País uma oportunidade de reforçar uma previdência complementar com tanto a proporcionar. Já a TNS vai nos produzir uma pesquisa preciosa, ao ouvir as empresas para saber delas o que julgam necessário para que venham a patrocinar fundos de pensão”.
“Os 2 trabalhos interagem e com certeza trarão ainda mais brilho ao 36º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, em outubro, quando serão apresentados, trazendo essa nova visão de futuro”, notou a Diretora Jussara Salustino.
Profundidade - Cidade, da TNS, mostrou ter uma compreensão clara da profundidade do estudo em que a sua empresa vai mergulhar: “Com certeza iremos além do puro diagnóstico, uma vez que tentaremos avançar sobre as formas de se chegar a mudanças comportamentais por parte das empresas. Sabemos que uma nova atitude é fundamental”.
Em sua apresentação, Cidade forneceu o objetivo preciso que a TNS estará perseguindo em seu trabalho: “elaborar um diagnóstico sobre as percepções e atitudes de empresas e pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, que possam impactar comportamentos em relação à previdência complementar”. Nas conversas com lideranças sindicais e associativas, a TNS vai, para facilitar o diálogo, levar o que sabe acerca da visão que os sindicalistas estrangeiros das mesmas categorias têm da previdência complementar em seus países.
No Brasil, adiantou Cidade, serão procuradas empresas com faturamento anual entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões, sendo 50% delas industriais e as restantes do comércio e serviços. Quanto às lideranças sindicais e associativas, serão procuradas aquelas com maior protagonismo e peso na economia e mercado de trabalho.
O GT reunido nesta quarta-feira (27) é integrado por Jussara Salustino (Diretora da Abrapp), Márcia Locachevic (Coordenadora da Comissão Técnica Naciona de Comunicação e Marketing), Marisa Bravi (Coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Relacionamento com Participantes), Luiz Sérgio Tamer (Tamer Comunicação Empresarial), Sérgio Ricardo Vasconcelos (Abrilprev), Paulo Cidade (TNS Global), Devanir Silva (Superintendente-geral da Abrapp) e Ana Paula Peralta (Superintendente-adjunta de Relacionamento e Educação Corporativa da Abrapp).
Fonte: Abrapp, em 28.05.2015.