Doenças infecciosas têm matado menos, enquanto as cardiovasculares, mais. Brasil apresenta mesma tendência
A revista Lancet publicou amplo estudo coordenado pela Universidade de Washington, com mais de 700 pesquisadores de 188, países avaliando os atuais perfis de mortalidade mundiais, regionais e nacionais.
Apesar de contrastes evidentes entre países, de um modo geral, a população mundial está vivendo mais, devido, entre outros fatores, à redução das mortes por doenças infecciosas, tais como sarampo, com queda de 83%, e diarreia, com queda de 51%, nos últimos 23 anos.
Por outro lado, o infarto, o acidente vascular cerebral (AVC) e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são responsáveis por 32% das mortes.
Apesar de as doenças cardiovasculares ainda serem a principal causa de óbito no mundo, a expectativa média de vida, que em 1990 era de 65,3 anos, passou para 71,5 anos em 2013, sendo que as mulheres apresentaram um crescimento de 6,6 anos na expectativa de vida nesse período, enquanto o crescimento dos homens foi de 5,8 anos.
Em relação ao Brasil, o perfil de mortalidade se aproxima cada vez mais do perfil dos países desenvolvidos, com a redução das doenças infecciosas e o aumento das doenças relacionadas ao envelhecimento, tais como as cardiovasculares e o mal de Alzheimer. Entretanto, mortes causadas por pneumonia, violência e acidentes de trânsito ainda têm uma alta incidência.
De acordo com Christopher Murray, o diretor do instituto responsável pelo estudo, os formuladores de políticas públicas precisam tomar as decisões certas para se prepararem para os desafios de saúde e custos associados que estão por vir.
Leia aqui a íntegra do relatório, em inglês
Fonte: FenaSaúde, em 18.12.2014.