Criado em 2010 pelo Instituto Ethos e pela CGU, o cadastro foi recentemente reestruturado e adaptado à Lei nº 12.846
Na análise do ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, o fortalecimento de um ambiente mais íntegro, ético e transparente depende da conjugação de esforços entre os setores público e privado.
A título de exemplo de iniciativas de esforços conjuntos ele cita o Cadastro Nacional de Empresas Comprometidas com a Ética e a Integridade (Empresa Pró-Ética), que incentiva as empresas a adotarem voluntariamente mecanismos capazes de prevenir, detectar e solucionar casos de corrupção, desvios e fraudes, bem como reconhecer as melhores práticas de compliance por meio de programas de integridade empresarial.
Criado em 2010 pelo Instituto Ethos e pela CGU, o cadastro foi recentemente reestruturado e adaptado à Lei nº 12.846. Entre as principais alterações, destacam-se a nova metodologia de avaliação e a nova forma de divulgação das empresas que forem avaliadas positivamente pelo Comitê Gestor do Pró-Ética.
“Um ponto relevante dessa nova estrutura do Pró-Ética é que todas as empresas que participarem da avaliação receberão um relatório com a análise detalhada de suas medidas de integridade. Com isso, todas poderão aprimorar seus programas de integridade de acordo com a avaliação recebida e com as melhores práticas que serão divulgadas”, explica Jorge Alberto da Cunha Moreira, representante do Ibracon no Comitê Gestor do cadastro.
“O Ibracon participa do Comitê porque apoia iniciativas de fomento à adoção voluntária de condutas eticamente recomendáveis. Estamos no Pró-Ética desde o início. Nossa expertise em auditoria independente nos permite contribuir com os demais membros do Comitê, principalmente no tocante a temas relacionados às boas práticas de governança”, assegura Cunha, com o aval do diretor-executivo do Instituto Ethos.
“A parceria com o Instituto tem sido muito importante para o sucesso do projeto”, afirma Caio Magri, ressaltando a pluralidade dessa nova versão do cadastro, que ampliará o acesso para além das grandes corporações.
“As empresas estão muito interessadas, curiosas para conhecer o programa. A expectativa é que o número de inscritos cresça e que o perfil das empresas seja mais heterogêneo”, prevê Magri.
Segundo ele, as empresas que se inscreverem voluntariamente para integrar o cadastro mas não forem aprovadas receberão orientações sobre como melhorar seus processos.“É um método pedagógico. Ainda que não estejam no cadastro, as empresas receberão um conjunto de recomendações, ou seja, uma consultoria gratuita”, destaca Magri.