“O oxigênio dos fundos de pensão está nas pessoas porque se elas não ingressarem nos planos não existirá mais sistema de previdência complementar fechada”, enfatizou o diretor presidente da Funcef, Carlos Alberto Caser. A educação financeira e previdenciária da população é um dos principais desafios nesse sentido, afirmou Caser, uma vez que é preciso vencer resistências culturais que têm afastado os jovens da ideia de velhice e de morte, além de mostrar a importância de se precaver para o momento em que já não for mais possível trabalhar. É fundamental também que esse processo de aprendizado esclareça o significado dos investimentos feitos dentro de uma visão de longo prazo, como é o caso dos fundos de pensão. “As pessoas precisam ser conquistadas, elas devem aprender a distinguir o curto do longo prazo, saber que é preciso pensar no longo prazo, compreender que os investimentos feitos pelos fundos de pensão não podem ser julgados apenas pelo resultado imediato mas sim pelos resultados obtidos em um período maior de tempo”. As mudanças regulatórias também são essenciais, reforçou Caser. “A atual regulação é inadequada para o horizonte de tempo das EFPCs”.
Caser destacou ainda que a reforma previdenciária do serviço público foi uma das conquistas fundamentais para estimular a adesão de novos participantes aos planos de previdência complementar. “Infelizmente, porém, o percentual de adesão ainda é baixo, em torno de 30%, o que torna necessário adotar regras de auto-inclusão ou adesão obrigatória com a possibilidade de desligamento após 90 dias. “Essa mudança é importante como medida de estímulo às novas adesões não só para o serviço público mas também para os planos de patrocínio privado”, afirmou Caser.
Fonte: Abrapp, em 07.10.2015.