“Cresce o empenho das entidades em oferecer educação previdenciária aos seus participantes”, disse Consuelo Vecchiatti (Fipecq), Coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Educação, ao anunciar nessa segunda-feira (14) os resultados de uma pesquisa que exatamente confirma esse cada vez maior interesse. No seu entender, inclusive, o fato de a Previc não estar mais chamando para si a responsabilidade de aprovar os programas educacionais reforça ainda mais esse compromisso, pelo qual as EFPCs ficam agora ainda mais responsáveis.
A pesquisa teve os seus resultados divulgados no 2º Encontro de Educação dos Fundos de Pensão, presentes perto de 150 profissionais da área, e mostrou que mais de 60% da centena e meia de entidades que a responderam já possuem Programas de Educação Financeira e Previdenciária (PEFP). Esta é, no entender de Consuelo, uma das principais evidências, mas não a única, da importância que o tema vem assumindo para os dirigentes de nossas associadas. Um outro sinal claro da enorme relevância do assunto, segundo ela, é que quase a metade do quadro associativo enviou suas respostas. “Foi um dos melhores retornos em muito tempo”, sintetiza Consuelo.
Uma ampla maioria (88,16%) enviava os seus programas de educação para a aprovação da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), o que revela altas formalização e consolidação, mas tornou-se a partir de agora dispensável.
O percentual de entidades que não possui programas formalmente estruturados (39,68%), embora não seja pequeno, está longe de ser expressivo. E perde mais em expressividade quando se considera, nota Consuelo, que “em grande parte delas o que se verifica são providências em andamento para que a associada tenha o seu PEFP”. Em resumo, é pura questão de tempo.
Perguntadas há quanto tempo possuem os seus programas, 44,74% das entidades informaram entre 2 e 3 anos, 23,68% entre 3 e 4 anos e 18,42% no último 1 ano. Apenas 13,16% os têm há mais de 5 anos, o que reforça a ideia de que o tema educação previdenciária emergiu há não muito tempo, fruto da necessidade de levar os participantes a entender as mudanças na conjuntura, em que se combinam uma maior complexidade do mundo atual, uma maior dificuldade em obter rentabilidades adequadas e uma maior diversidade de opções a escolher.
Em 34,21% das entidades o programa de educação é levado adiante pela área de comunicação. Em 17,11% dos casos a responsabilidade cabe diretamente à Diretoria. Praticamente empatadas aparecem as áreas de seguridade (14,47%) e de relacionamento (13,16%).
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 15.10.2014.