Jogos Olímpicos exigirão ampliação e sofisticação da logística
Convidado para o almoço promovido pelo Clube dos Corretores de Seguros – RJ, em homenagem ao presidente do SindSeg-RJ-ES, o diretor do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime (Disque-Denúncia), Edson Calil, prestou o seguinte depoimento:
“São pequenos os números de registros feitos nas delegacias baseados numa certa descrença ou na quase certeza de que nada vai acontecer. É um equívoco porque informações no mínimo ajudam a orientar e aperfeiçoar políticas públicas."
No caso dos seguros é exatamente o contrário, todos registram suas queixas seguindo as regras estabelecidas pelas seguradoras para ressarcimento de seus prejuízos. O que é de grande utilidade para as polícias e as políticas de segurança. As empresas seguradoras exercem um papel excepcional contribuindo com informações que geram conhecimento e inteligência especialmente pela sua precisão.
No caso do Movimento Rio de Combate ao Crime, popularmente chamado de Disque-Denúncia, por conta de sua alta credibilidade, conquistada em quase vinte anos sem nenhuma mancha em sua história a população espontaneamente e em casos estimulada por recompensa contribui com mais de 500 denúncias diárias cumprindo o seu papel como cidadão, fazendo a sua parte e fortalecendo assim as políticas públicas definidas pelo estado assim como presta contribuições significativas às empresas de seguro através do Disque-Denúncia.
Já ultrapassamos mais de dois milhões de denúncias desde a nossa fundação em 1995 ou mais de 8 milhões de informações, uma vez que, cada denúncia traz em média 4 informações.
Nosso trabalho com as seguradoras tem sido valioso mas precisa ganhar uma nova dimensão, ser equivalente ao crescimento demográfico e por conseguinte a proporção que ganha o crime. Estou seguro que o papel exercido pela população, discreto, anônimo e incógnito através do Disque-Denúncia tem um valor inimaginável em todos os segmentos da economia, mas precisa melhorar seu modelo com novas tecnologias, melhorar a qualificação da equipe. Ganhar velocidade, quantidade e qualidade.
Por exemplo, estamos já às portas dos jogos olímpicos e precisamos de atendentes bilíngues, no mínimo. É preciso que fique claro que trabalhamos intensamente (24 horas) para os governos, mas não somos do governo. Isto faz uma grande diferença. Precisamos de parcerias com as empresas privadas e públicas em geral e seguradoras, com os seus sindicatos, como é o caso do SindSeg-RJ/ES, entidades de representação, como a CNSeg, Fenacor e outras que nos permitam frequentes atualizações e aperfeiçoamentos em nossa metodologia de trabalho”, concluiu o diretor.
Fonte: VTN, em 15.10.2014