O déficit total dos planos de benefícios dos fundos de pensão chegou a R$ 77,8 bilhões no ano passado, segundo dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). A Abrapp já havia adiantado que o sistema encerraria o exercício de 2015 com um déficit acima de R$ 70 bilhões. A Previc divulgou também que o superávit total dos planos de benefícios totalizou R$ 13,8 bilhões.
O sistema encerrou 2015 com 488 planos em equilíbrio técnico – a maioria de contribuição definida – 393 planos em superávit e 241 planos com déficit. Os maiores déficits foram registrados pela Previ (Banco do Brasil) e Petros (multipatrocinado Petrobras e diversas empresas). O Plano 1 da Previ registrou déficit de R$ 16,14 bilhões em 2015 - que foi ajustado para R$ 13,91 bilhões após mudança na precificação de títulos de renda fixa. Já a Petros teve déficit de R$ 16,12 bilhões no ano passado. Com base no déficit do total do sistema, apurado até então, e considerando a regra de solvência regulamentada pela Resolução CNPC nº 22/2015, a Previc calcula que o montante a ser equacionado a partir de 2017 seja de R$ 39 bilhões.
A Previc informou ainda que os números são preliminares e podem ter variação por conta de ajustes em relação a precificação, com base na Resolução do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) nº 16 de 2014. As fundações ainda estão enviando demonstrações contábeis, e o prazo para que a Previc receba essas informações das fundações se encerra em julho, mas o órgão prevê que o impacto desse ajuste em relação a 2015 pode reduzir o valor do déficit em R$ 5 bilhões.
Fonte: Investidor Institucional, em 30.03.2016.