Por Aparecido Mendes Rocha (*)
O alarmante número de roubo de cargas que ultrapassa 1 bilhão de reais por ano no Brasil, somado às perdas decorrentes de acidentes rodoviários, causa enormes prejuízos à economia brasileira e tem sido uma das maiores preocupações para os vendedores e compradores de mercadorias, transportadores, polícia e para as companhias de seguros.
Os prejuízos causados no transporte de cargas afetam diretamente ao mercado de seguros e o atual momento exige uma reflexão de todo o setor, pois enquanto o roubo de cargas e riscos aumentam, as seguradoras reduzem taxas, um antagonismo inexplicável que não existe em nenhum outro mercado e precisa ser corrigido rapidamente.
A competitividade nos seguros de transportes chegou ao seu limite extremo e requer uma restruturação na forma de aceitação de seguros e adequação de taxas.
Como é praticamente impossível neutralizar o roubo de carga e controlar acidentes, as seguradoras e os corretores de seguros devem alinhar-se para o entendimento e mudanças exigíveis na carteira, do contrário, a médio e curto prazo, muitas seguradoras se retirarão do ramo de transporte.
Diante deste cenário, seguradores, corretores de seguros e demais profissionais da cadeia de seguros de transportes, representados pelas entidades FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo) e CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes) promovem um grande encontro para debater sobre os seguros de transportes, visando buscar soluções para resgatar o equilíbrio e notoriedade desse importante ramo de seguro.
O evento será realizado no dia 13 de agosto, no Circolo Italiano em São Paulo, e contará com palestras e debates sobre os temas controversos que impactam e norteiam o ramo de transportes, tais como: cancelamento unilateral de apólice, gerenciamento de riscos, taxa de seguro, questionário de aceitação de risco, princípio da boa fé e carta de dispensa de direito de regresso.
(*) Aparecido Mendes Rocha é especialista em seguros internacionais.
Fonte: Blog do Rocha, em 28.07.2015.