A vocação de formador profissional do CVG-SP obteve o reconhecimento com a autorização, conquistada em 2005, para atuar como entidade Certificadora Técnica. Desde então, os cursos certificados do CVG-SP têm ajudado a elevar o nível de qualidade técnica do ramo de pessoas e impulsionado as carreiras de grande parte dos profissionais que hoje atuam no mercado.
Profissional da área de seguros há 17 anos, Tiago Moraes, que atua no departamento de Seguro de Pessoas da Tókio Marine Seguradora, sempre se preocupou com a sua formação. Para ele, participar de cursos no ramo de pessoas abriu-lhe “novos horizontes”. Ane Niess, analista técnica do departamento de Riscos de Pessoas da Nobre Seguradora, também pensa assim. Com formação em administração de empresas, ela iniciou no mercado segurador há dois anos e, desde então, afirma que “sentiu a necessidade de adquirir conhecimentos técnicos na área”, passando a realizar diversos cursos. Em comum, Tiago e Ane têm a certificação técnica obtida em cursos do CVG-SP.
Tiago, que frequentou o primeiro curso de Certificação Técnica em Riscos Pessoais (CRP) oferecido pelo CVG-SP, em 2006, e Ane, que participou do mesmo curso, mais recentemente, em 2013, são parte de um imenso contingente certificado pela entidade. No mercado de seguros paulista, muitos profissionais bem-sucedidos passaram em algum momento de suas carreiras pelos cursos do CVG-SP. Este é o caso de Liege C. Sper Monzani, da gerência atuarial da Yasuda Marítima Seguros, que também foi aluna do primeiro curso CRP do CVG-SP. Com 15 anos de atuação no mercado, ela revela como o curso fez diferença em sua carreira. “Ajudou-me a aplicar os conhecimentos técnicos no desenvolvimento de trabalhos atuariais, trazendo oportunidades para o meu crescimento profissional”, diz.
Mais qualificação
O CVG-SP foi uma das duas primeiras entidades credenciadas para realizar a certificação técnica dos profissionais de seguro, em 2005. A certificação foi criada pela Susep, na gestão de René Garcia, com o intuito de aperfeiçoar a capacidade técnica dos profissionais do setor, por meio da Resolução CNSP nº 115/2004 e a Circular nº 290/2005. Em entrevista à imprensa, na época, o então titular da Susep revelou que a proposta original levada à consulta pública em 2004 era bem mais abrangente, incluindo 100% das pessoas que trabalhavam no mercado segurador.
Mas, segundo ele, a Susep decidiu acolher as sugestões do setor e o foco da medida foi direcionado aos profissionais envolvidos nas áreas de regulação e liquidação de sinistros, de sistemas de controles internos, de atendimento ao público e de venda direta dos produtos de seguros, de capitalização e previdência complementar aberta, passando a vigorar em 2005. Garcia comentou, naquela ocasião, que o mercado reconhecia a necessidade de melhorar a qualificação de seus profissionais, algo que, nos Estados Unidos, por exemplo, já ocorria desde a década de 60.
Para se tornar uma Certificadora Técnica, a norma estabelecia que a instituição deveria comprovar diversos requisitos, como demonstração da capacidade técnica; histórico de sua atuação; currículo, carga horária e conteúdo dos cursos; instrumentos de aferição e a nota mínima exigida por prova; e comprovação da disponibilidade de recursos humanos e materiais necessários para a atividade de certificação técnica, entre outros. O atual presidente do CVG-SP, Dilmo B. Moreira, que se empenhou para atender aos requisitos da norma, também foi instrutor do primeiro curso da entidade com certificação técnica.
“O processo foi trabalhoso”, reconhece Dilmo B. Moreira, que na época ocupava o posto de diretor de Seguros do CVG-SP na gestão de Paulo Meinberg. “Vimos a oportunidade de oferecer mais um serviço às nossas associadas e ao mercado, juntando a expertise acumulada pelo CVG-SP a uma obrigatoriedade legal, agregando mais valor aos profissionais do setor”, diz. Segundo Meinberg, era uma das metas de sua gestão conquistar a autorização da Susep para o CVG-SP se tornar Certificadora Técnica. “Foi um trabalho gratificante, que atendeu a um grande número de pessoas e do qual tive a satisfação de participar.
Meinberg se recorda que dez anos atrás o segmento de seguro de pessoas passava por um período de grande movimentação, em virtude do início de vigência da Circular Susep 302. “A norma exigia a adaptação de todas as empresas e o CVG-SP foi um dos principais instrumentos de preparação para o mercado”, diz. Tiago e Liege, alunos do primeiro curso certificado do CVG-SP, se recordam que as novas normas foram um dos motivos para que procurassem aperfeiçoamento profissional. “O curso iniciou durante a transição das circulares do ramo de pessoas, momento em que precisávamos estar atentos às mudanças”, diz Liege.
Conteúdo atualizado
Mas, se no passado as mudanças normativas no ramo de pessoas eram motivo para a busca de atualização profissional, hoje, existem muitas outras. “Com o aumento da expectativa do consumidor em relação à qualidade e pronto atendimento, entendo que a certificação é capaz de aumentar a competitividade das organizações”, diz Liege. Segundo o diretor de Seguros do CVG-SP, Marcelo de Figueiredo, o conteúdo programático dos cursos certificados é constantemente revisado e atualizado. “A Lei de Lavagem de Dinheiro, por exemplo, foi incluída entre as novas disciplinas dos cursos”, diz.
Conceituados e concorridos, os cursos do CVG-SP devem parte de seu prestígio aos mestres instrutores. A maioria trabalha em empresas do setor e, por isso, consegue transmitir não apenas a parte teórica, como prática. “O cursos contam com ótimos instrutores. Como profissionais atuantes no mercado, conseguem tratar em conjunto teoria e experiência. Por isso, o CVG-SP tem expressiva representatividade como instituição de formação profissional no segmento”, avalia Ane Niess.
Dos mais de 7 mil alunos formados em cursos do CVG-SP, mais de 2 mil obtiveram a certificação técnica. Atualmente, a grade é composta por 20 cursos, dos quais oito com certificação técnica, além de três exames para os profissionais que já atuam na área: ACPP - Certificação em Previdência Privada (Avançado); ACRP – Certificação em Riscos Pessoais (Avançado); ACSP - Certificação Técnica em Sinistro (Avançado); CAP - Certificação Técnica em Atendimento Público; CPP - Certificação Técnica em Previdência Privada; CRP - Certificação Técnica em Riscos Pessoais; CSP - Certificação Técnica em Liquidação e Regulação de Sinistros de Pessoas; CVD - Certificação Técnica em Vendas Diretas.
Para o presidente Dilmo B. Moreira, o CVG-SP tem cumprido com louvor seu papel de formador profissional. “Sentimo-nos orgulhosos e gratificados, pois o principal alicerce do CVG-SP sempre foi a disseminação do conhecimento, no sentido de estimular a formação e especialização dos profissionais de seguros”, conclui. “A formação profissional é um dos principais pilares de existência do CVG-SP”, afirma o diretor Marcelo de Figueiredo. Para o ex-presidente Paulo Meinberg, o CVG-SP tem grande importância na área de formação profissional. “Contribui para o desenvolvimento de profissionais em sintonia com as demais entidades de formação”, diz.
Fonte: CVG-SP, em 03.07.2015.