Por Fábio Coelho
Entre patrocinadores e participantes, falta uma voz para moderar interesses e auxiliar na visão do tabuleiro da previdência complementar
Quando o conselho de um fundo de pensão se reúne, duas vozes dominam a mesa: a do patrocinador e a dos participantes. Falta quem olhe o tabuleiro inteiro dos desafios, muitos urgentes, que se colocam para o setor. A figura do conselheiro independente, ainda inexistente no segmento, poderia preencher esse vazio, funcionando como moderador em um ambiente onde interesses legítimos, mas distintos, frequentemente se chocam.
Essas entidades administram o patrimônio que sustentará a aposentadoria de milhões de brasileiros. Seus conselhos deliberativos, compostos por representantes desses dois grupos, foram desenhados para garantir equilíbrio. Mas o mesmo desenho tem gerado paralisia e, quando o diálogo vira disputa, a agilidade e a estratégia de longo prazo tendem a ser as primeiras vítimas.
Fonte: Valor Investe, em 24.10.2025