
Qual o papel do Congresso Nacional na criação de um Brasil mais resiliente às mudanças climáticas? Quem é o responsável por criar as leis que podem prevenir desastres ou amparar as vítimas quando eles acontecem? Este é o tema do novo episódio da série Seguros na COP30, do canal SeguroPod.
O convidado é o deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos-PE). Na conversa com Vagner Ricardo, editor da Revista de Seguros, o parlamentar defende que a solução não está apenas em novas leis, mas em uma “modernização da técnica legislativa” para criar regras que sejam, de fato, aplicáveis. Ele argumenta que muitos dos desafios atuais, como enchentes e deslizamentos, são o resultado de décadas de falhas em planejamento urbano e saneamento básico, afirmando que estamos lidando com “coisas não feitas no passado”.
O deputado detalha como o seguro pode ser uma ferramenta estratégica, funcionando como um “acessório social” que protege tanto o cidadão quanto o orçamento público, garantindo recursos rápidos em catástrofes e mitigando riscos. Com a proximidade da COP30 em Belém, esta é uma visão de dentro do poder legislativo sobre como o Brasil pode construir as bases legais e financeiras para um futuro mais seguro e adaptado aos eventos climáticos extremos.
Neste episódio, o deputado Federal Fernando Monteiro aborda temas cruciais como:
- O Papel do Legislativo: por que o Brasil precisa de leis climáticas que sejam executáveis e não apenas teóricas, envolvendo a sociedade civil no debate.
- A Conta do Passado: como a falta de saneamento básico e planejamento urbano agrava os desastres e por que a solução para o futuro passa por revisitar e corrigir erros antigos.
- O Seguro como "Acessório Social": a visão do seguro como um mecanismo fundamental para proteger o cidadão e o orçamento público, minimizando custos e dando segurança em momentos de crise.
- Combater ou Conviver?: a mudança de paradigma necessária para lidar com fenômenos como secas e enchentes, aprendendo a adaptar a sociedade em vez de apenas reagir aos desastres.
- Seguro Catástrofe: a importância de um sistema de amparo rápido e sem burocracia para as vítimas de eventos climáticos, garantindo um "primeiro socorro" para a retomada da vida.
- Fast Track Ambiental: a proposta de um seguro para agilizar e dar segurança a licenças ambientais, destravando investimentos com responsabilidade.
Anos 2000: dos cibercrimes ao nascimento do Seguro Cibernético
- Nos anos 2000, a tecnologia começava a se popularizar e, junto com ela, surgia uma nova modalidade criminosa: os delitos virtuais. Na época, a preocupação com os cibercrimes cresceu em ritmo acelerado, mobilizando autoridades e empresas em todo o mundo
- O tema ganhou tanta relevância que até o G8, grupo das nações mais industrializadas, realizou uma reunião especial de três dias para discutir o avanço das fraudes online na época
O início dos crimes virtuais no Brasil
No Brasil, um marco importante foi a criação da primeira Delegacia Virtual do Rio de Janeiro, no final de abril dos anos 2000. Coordenado pelo professor da PUC-RJ, Isnard Martins, o projeto nasceu para combater os crimes digitais e reduzir a subnotificação.
“Roubar banco via internet não é diferente de roubar à mão armada. Os bandidos vão ser pegos na entrada ou na saída”, afirmou Martins na época
Em apenas 14 dias no ar, a delegacia recebeu 3.500 visitantes, 60 denúncias e 249 registros de extravio ou roubo de documentos, mostrando que a internet exigia novas formas de segurança.
O nascimento do Seguro Cibernético no mercado brasileiro
Com o aumento dos ataques e o crescimento do uso da internet, o setor segurador percebeu a necessidade de se adaptar. Surgiu, então, o Seguro Cibernético, criado para proteger empresas e instituições contra prejuízos decorrentes de ataques virtuais e vazamento de dados.
Seguro Cibernético: importância e vantagens
O Seguro Cibernético é uma ferramenta importante para proteger negócios no ambiente digital. Ele garante suporte financeiro em casos de ataques hackers, falhas de segurança ou roubo de informações confidenciais.
Mais do que um contrato, representa uma estratégia de prevenção diante das ameaças que crescem com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial.
Seguro Cibernético é o futuro
O que começou nos anos 2000 como uma resposta aos primeiros crimes virtuais se transformou em um dos pilares da proteção digital no Brasil. O Seguro Cibernético é hoje símbolo de inovação e responsabilidade, garantindo que empresas e usuários possam navegar com segurança em um mundo cada vez mais conectado.
Fonte: CNseg, em 30.10.2025