
A Casa do Seguro, em Belém, foi palco na tarde de 10 de novembro da “COP 30 Global Sustainable Insurance Summit: Dia da Segurabilidade, Inclusão e Resiliência”, evento promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e pela Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-Fi).
O encontro reuniu lideranças internacionais para discutir o papel estratégico do setor de seguros na construção de uma economia mais resiliente, inclusiva e sustentável diante das mudanças climáticas.
Compromisso de longo prazo com a sustentabilidade
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destacou a longa trajetória do mercado brasileiro na agenda de sustentabilidade e sua parceria com a ONU. “O Brasil foi um dos primeiros países a aderir aos Princípios para Seguros Sustentáveis (PSI), em 2012, e o primeiro a integrar o Fórum de Transição de Seguros para Net Zero (FIT)”, lembrou.
Dyogo ressaltou que o encontro simboliza a consolidação de uma relação “de longo prazo e muito frutífera” com o UNEP-Fi e reforçou o papel do seguro como instrumento essencial de proteção social. “Precisamos ampliar as soluções e as parcerias público-privadas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e reduzir o gap de proteção”, afirmou.
O head de Seguros da ONU, Butch Bacani, celebrou a parceria com o Brasil e o retorno do debate global de sustentabilidade ao país onde os PSI nasceram. “O movimento global de seguros sustentáveis nasceu nas praias de Copacabana e Ipanema. Voltar ao Brasil é como voltar para casa”, disse, em tom bem-humorado.
Do Rio a Belém: os marcos da sustentabilidade em seguros
O primeiro painel resgatou a evolução do setor desde a Rio+20, quando foram lançados os Princípios da ONU para Seguros Sustentáveis. O CEO da Bradesco Seguros, Ivan Gontijo, destacou o protagonismo do setor brasileiro e o papel da Casa do Seguro como “um verdadeiro hub de ideias e soluções para proteção da sociedade”.
“Nosso mercado tem a missão de transmitir segurança e amparo a todas as camadas sociais. Falar de sustentabilidade é falar também de inclusão e proteção das pessoas”, afirmou. Gontijo apontou quatro pilares de atuação do grupo: engajamento com pessoas, educação financeira, negócios sustentáveis e cuidado com o meio ambiente e as mudanças climáticas.
Para o dirigente, a resiliência do setor após a pandemia comprova seu papel estratégico. “O setor de seguros mostrou-se o mais resiliente e adaptável às necessidades da sociedade. Nosso compromisso com a sustentabilidade é permanente e essencial para comunidades mais inclusivas e resilientes”, concluiu.
Butch Bacani completou ressaltando que o Brasil tem sido um “pilar de liderança global” na construção da agenda de seguros sustentáveis. “Quando o mundo precisou de apoio, o Brasil sempre respondeu: venham, nós daremos suporte”, disse.
A urgência da ação
A presidente da European Climate Foundation, Laurence Tubiana, defendeu que o tema dos seguros ocupe posição central na agenda climática global. “Os prêmios estão subindo e alguns produtos estão desaparecendo. O risco climático deixou de ser futuro e passou a ser presente”, alertou.
Tubiana destacou que o seguro é um pilar democrático e social: “Quando as pessoas perdem o direito de se proteger, perdem também a confiança nas instituições. Precisamos de uma abordagem sistêmica para reduzir desigualdades e fortalecer a resiliência.”
O desafio da segurabilidade em todas as regiões geográficas
Moderado por Butch Bacani, o segundo painel reuniu lideranças globais para debater como enfrentar o aumento do risco climático e a ampliação da lacuna de proteção.
O presidente da Zurich Insurance Group, Michel Liès, lembrou que 60% das perdas climáticas no mundo ainda não são seguradas. “Resiliência não é política, é uma necessidade. Precisamos participar do planejamento público e garantir financiamento prévio para a prevenção. Juntos, governos e seguradoras podem criar soluções mais eficientes e humanas”, afirmou.
Da Aviva Group, a diretora de Sustentabilidade Claudine Blamey defendeu uma visão sistêmica e integrada: “Sustentabilidade está no centro da nossa estratégia. Liderança é menos conversa e mais ação. Criamos coalizões no Reino Unido para mitigar riscos de inundação e desenvolver soluções baseadas na natureza.”
Representando a sociedade civil, Aaron Vermeulen, líder global da prática financeira da WWF International, reforçou que as soluções naturais são essenciais para reduzir riscos. “Mitigação climática e investimento em soluções baseadas na natureza são as melhores estratégias para governos e reguladores. Precisamos substituir o cinza pelo verde”, afirmou.
A presidente da European Climate Foundation, Laurence Tubiana, destacou que “o setor de seguros tem uma visão de futuro que os economistas não têm” e convocou os participantes a “falar mais alto e colocar o risco climático no centro das decisões políticas e econômicas”.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, também participou do debate, enfatizando a necessidade de ampliar a presença do setor nas discussões globais. “É curioso ver que todos na Zona Azul e na Zona Verde falam de risco climático, mas os especialistas em risco não estão participando dessas conversas. Isso é completamente inconsistente”, afirmou.
Dyogo destacou que a agenda de adaptação ganhou força na COP-30 e que o setor de seguros está “melhor posicionado para contribuir de forma concreta”. “Acredito que o seguro será reconhecido nos documentos oficiais da Conferência como parte essencial da solução climática”, disse. O presidente da CNseg concluiu sua participação reforçando o engajamento do setor: “Não devemos nos contentar com os resultados da COP. Precisamos ir muito mais longe — e, por isso, aderimos imediatamente à força-tarefa internacional proposta por Laurence Tubiana.”
As estratégias globais de seguros sustentáveis
O terceiro e último painel da tarde, também moderado por Butch Bacani, deu continuidade à discussão focada em mercados emergentes e países em desenvolvimento. Butch Bacani destacou a parceria da UNEP com o Grupo V20 de Ministros das Finanças, que cresceu para mais de 70 ministérios de países em desenvolvimento, representando as nações mais vulneráveis ao clima.
Ele alertou que, coletivamente, os países-membros do V20 perderam 20% de seu PIB nas últimas duas décadas devido a perdas relacionadas ao clima. O foco central do painel foi nas Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), que compõem até 80% da economia total em mercados emergentes e sofrem com a falta crônica de acesso a seguros.
O CEO de Mercados Internacionais e Membro do Comitê de Gestão do Grupo AXA, Hassan El-Shabrawishi (AXA) destacou a gravidade da crise climática, mencionando que o mundo já ultrapassou 1,5ºC de aquecimento e que o preço da inação é enorme. Ele apresentou a atuação da AXA em três frentes: redução do risco do investimento, que multiplica o capital atraído; seguro inclusivo, que usa tecnologia e parcerias para segurar milhões de clientes em mercados emergentes por uma fração do preço; e investimento em infraestrutura resiliente ao clima, para a qual a AXA já canalizou cerca de sete bilhões de euros. Ele concluiu que a resiliência não é um risco, mas sim "uma escolha e uma oportunidade".
O assessor da Comissão Executiva da Fidelidade, Tomé Pedroso enfatizou a necessidade de adaptar as soluções de seguro à realidade local, citando o desafio da economia informal no Peru, onde 70% é informal. Ele compartilhou o exemplo de como a Fidelidade desenvolveu uma solução inovadora de seguro contra a COVID-19 no Peru, que foi adotada como obrigatória pelo governo. Tomé também ressaltou que o setor deve ir além do pagamento de sinistros e focar na redução do risco, através da prevenção e do trabalho em conjunto com outras partes interessadas, como médicos e universidades, para enfrentar problemas como o câncer de mama.
A chefe do Conselho Consultivo Global de Risco Climático da AON, Liz Henderson, abordou a mudança na relação entre corretores, seguradoras e clientes, que agora buscam interagir não apenas na renovação ou no sinistro, mas também na prevenção. Ela explicou que a Aon está investindo em engenharia de risco e dados climáticos, como o Climate Risk Monitor, para ajudar os clientes a quantificar e entender como o risco está mudando, de forma que o seguro seja visto como um investimento valioso com um Retorno sobre o Investimento (ROI) claro.
Em resposta às perguntas da plateia, Hassan El-Shabrawishi e Tomé Pedroso, reforçaram a importância da redução de risco e da informação acionável. Butch Bacani encerrou o debate enfatizando que adaptação e redução de emissões não são conceitos concorrentes, mas sim mutuamente reforçáveis, e que a meta do setor deve ser a "prosperidade para todos em um planeta saudável", sem deixar ninguém para trás.
Confira a gravação da transmissão do COP 30 Global Sustainable Insurance Summit: Dia da Segurabilidade, Inclusão e Resiliência
Segurabilidade no Brasil: desafios regionais e caminhos para a inclusão
Norte e Nordeste concentram as menores taxas de acesso a seguros, mas novas iniciativas mostram que a proteção pode chegar a todos
- A segurabilidade no Brasil ainda enfrenta grandes desafios regionais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde apenas 9% da população possui seguro de vida, em estudo realizado pela DataFolha para a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) - número muito abaixo da média nacional de 18%
- Nos Seguros Residenciais, a diferença é ainda mais expressiva: entre 4% e 9% de cobertura nessas regiões, contra 17% no restante do país
- Esses dados revelam um cenário marcado por desigualdades socioeconômicas, falta de cultura securitária e limitações de acesso a produtos e canais de distribuição
Segurabilidade é a capacidade de oferecer e acessar seguros em diferentes regiões e realidades, levando em conta os riscos locais, o perfil da população e as condições econômicas e sociais
O futuro da segurabilidade brasileira passa pela educação, tecnologia e inovação social. Garantir acesso igualitário à proteção é promover segurança econômica e social, reduzindo vulnerabilidades e fortalecendo comunidades. O seguro, quando chega a todos, protege mais do que bens - protege o futuro
Microsseguros: proteção que cabe no orçamento
Para atender populações vulneráveis, o setor segurador aposta nos microsseguros, produtos de baixo custo e formatos simplificados, desenhados para pequenas comunidades, trabalhadores informais e empreendedores das periferias.
Um exemplo é a parceria entre a Mapfre e o G10 Favelas, que criou microsseguros específicos para favelas paulistas, promovendo inclusão financeira e segurança patrimonial a milhares de famílias.
Esses modelos ajudam a democratizar o acesso à proteção, oferecendo coberturas acessíveis e ajustadas à realidade local.
Tecnologia e conectividade: novas pontes para o seguro
A expansão da conectividade digital e o uso de tecnologias emergentes estão abrindo caminhos para uma nova era de inclusão securitária.
Sensores, drones e sistemas de telemetria permitem monitorar áreas remotas e oferecer produtos personalizados, melhorando a gestão de riscos e a agilidade no atendimento.
Programas governamentais de inclusão digital e educação financeira também têm papel crucial: ajudam populações distantes ou em situação de vulnerabilidade a compreender os benefícios do seguro e acessar produtos adaptados às suas necessidades.
Políticas públicas e proteção social
Com as mudanças climáticas aumentando a frequência de eventos extremos, cresce o debate sobre a criação de seguros sociais de catástrofe, integrados a programas de assistência social.
Essas políticas poderiam ampliar a cobertura em regiões vulneráveis, garantindo proteção em casos de enchentes, secas ou deslizamentos.
Além disso, incentivos à inovação regulatória podem acelerar a entrada de novas seguradoras e startups no mercado, estimulando soluções mais inclusivas e sustentáveis.
A universalização do seguro é parte essencial da estratégia nacional de resiliência: um desafio coletivo que une setor público, iniciativa privada e sociedade civil
Cidades resilientes: como esse tema afeta o seu dia a dia?
- Sabia que menos de 20% das casas brasileiras possuem seguro contra desastres, e prejuízos causados por eventos climáticos já somam mais de R$ 1,9 trilhão no mundo nos últimos anos?
- Com chuvas mais intensas, calor fora do normal e enchentes frequentes, os brasileiros já sentem no bolso e no cotidiano a necessidade de cidades que se adaptam rápido e protegem seus moradores
Com apoio do setor de seguros, governos e empresas, cidades brasileiras estão investindo em projetos apoiados pelo BNDES, Fundo Clima e parcerias público-privadas para expandir drenagem, conscientizar moradores e ampliar acesso a seguros.
O resultado? Menos prejuízo, menos sofrimento, mais tranquilidade para quem vive ou trabalha nas áreas urbanas.
Na prática, cidade resiliente significa:
- Ruas que não alagam facilmente porque prefeituras investem em drenagem, parques e sistemas de contenção
- Alertas no celular avisando se há risco de chuvas fortes, enchentes ou ondas de calor, para que todos consigam se preparar ou mudar trajetos
- Seguro Residencial e Empresarial ampliando a proteção de famílias e negócios, garantindo recuperação mais rápida depois de tempestades ou eventos extremos. O setor segurador tem criado soluções específicas para cada região e tipo de risco
- Transporte público preparado para operar mesmo em situações de crise, com rotas alternativas e atendimento especial em horários críticos
- Preços de imóveis valorizados em bairros onde há planejamento urbano, áreas verdes e infraestrutura que ajudam a enfrentar desastres
- Programas de educação e inclusão financeira que tornam o seguro mais acessível, ajudando quem nunca pôde se proteger antes
Parcerias entre seguradoras e BioParques protegem cadeias produtivas e remuneram serviços ambientais

Iniciativas conectam Bioeconomia, Seguro Rural e inovação sustentável para fortalecer a resiliência climática
- O avanço da Bioeconomia no Brasil ganha novo fôlego com parcerias estratégicas entre seguradoras, BioParques e incubadoras de negócios sustentáveis
- Em resposta à intensificação da agenda climática global, o setor segurador vem desenvolvendo produtos para proteger cadeias produtivas ligadas à sociobiodiversidade e remunerar comunidades e proprietários rurais por serviços ambientais, em alinhamento com políticas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)
Bioeconomia é o uso sustentável de recursos biológicos para produzir alimentos, energia, materiais e serviços, promovendo inovação, desenvolvimento econômico e preservação ambiental ao mesmo tempo
Seguro Rural e inovação: aliança pela resiliência
Segundo representantes do MAPA, o Seguro Rural passa a integrar esforços colaborativos com o setor privado na busca por soluções inovadoras e acessíveis ao produtor, especialmente em um cenário de riscos climáticos crescentes. BioParques, com apoio do governo federal e de redes de incubadoras como o Oka Hub, têm criado tecnologias e modelos de negócios voltados à:
- Restauração florestal e manejo sustentável
- Geração de renda com base em serviços ambientais
- Conexão entre produtores locais e mercados certificados por critérios socioambientais e de carbono neutro
Remuneração por serviços ambientais e financiamento verde
Os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) são um dos pilares dessa nova dinâmica. Eles valorizam práticas como:
- Preservação de florestas e áreas vegetais nativas
- Captura e estocagem de carbono
- Proteção de mananciais e conservação da biodiversidade
Projetos como o Fundo Clima e o Ecoinvest já incorporam o modelo de remuneração por serviços ambientais, em que seguros e bancos atuam de forma sinérgica, reduzindo riscos e facilitando o crédito para iniciativas sustentáveis.
Essa integração cria mecanismos de financiamento verde e estímulos à conservação, ao mesmo tempo em que fortalece a segurança financeira dos produtores e das comunidades tradicionais.
O PSA deixa de ser apenas um conceito ambiental e passa a ser um instrumento econômico real de incentivo à proteção dos biomas brasileiros
Incubadoras sustentáveis e ecossistema de inovação
Incubadoras como o Inova Biomas e o Oka Hub triplicaram o número de negócios acelerados em 2025, priorizando conhecimento tradicional, ciência aplicada e inovação social. Essas iniciativas promovem:
- Proteção de produtores contra perdas climáticas
- Valorização da biodiversidade e dos saberes locais
- Criação de produtos sustentáveis e rastreáveis
- Desenvolvimento de modelos de seguro integrados à economia verde
Esse ecossistema integrado está alinhado à Estratégia Nacional de Bioeconomia, fortalecendo o diálogo entre política pública, ciência e mercado segurador.
COP30 e o protagonismo brasileiro na bioeconomia
Com a COP30 em Belém, o Brasil se posiciona como referência internacional em bioeconomia inclusiva e resiliente.
As parcerias entre seguradoras, BioParques e incubadoras são vistas como modelo de cooperação climática e social, demonstrando que proteção econômica e conservação ambiental podem caminhar juntas.
O Seguro Rural e Ambiental é peça-chave nessa equação: ele destrava investimentos, fortalece cadeias produtivas e garante a remuneração de serviços ambientais prestados por biomas como Amazônia, Cerrado e Caatinga.
Na transição para uma economia verde, o seguro se consolida como um dos principais instrumentos de adaptação, proteção e incentivo à sustentabilidade
Mudanças climáticas: por que você precisa se preocupar
- As mudanças climáticas deixaram de ser uma previsão distante e passaram a fazer parte do cotidiano das cidades brasileiras
- Hoje, os efeitos são sentidos em várias frentes: ondas de calor, chuvas intensas, alagamentos e secas prolongadas afetam a qualidade da água, a produção de alimentos e a saúde da população
- A adaptação não é mais uma escolha, é uma necessidade urgente para garantir bem-estar, reduzir riscos e fortalecer a resiliência coletiva
Adaptação climática e saúde pública
Iniciativas como o Programa 1 Milhão de Cisternas mostram o poder das soluções locais e baseadas na natureza, levando água potável contínua a milhões de brasileiros no semiárido. Essas ações exemplificam como a gestão comunitária e a inovação social ajudam famílias a superar os impactos do clima extremo.
No dia a dia, os efeitos climáticos já atingem a saúde: ar poluído por queimadas, água contaminada por enchentes e solos degradados pela seca. Adaptar-se significa também prevenir doenças, investir em saneamento e fortalecer os sistemas de saúde.
Cidades resilientes e saúde urbana
Grandes ou pequenas, todas as cidades enfrentam o mesmo desafio: se preparar para eventos extremos sem comprometer a qualidade de vida da população. Cidades resilientes planejam, previnem e reagem rapidamente. Elas investem em:
- Infraestrutura sustentável (drenagem, energia limpa, transporte seguro)
- Planejamento urbano inteligente, com uso de dados e sensoriamento climático
- Governança local ativa, que conecta poder público, empresas e comunidade
Essas medidas reduzem impactos sobre a saúde pública, garantindo continuidade dos serviços essenciais mesmo diante de desastres ambientais.
O papel do Seguro Saúde e dos seguros de infraestrutura
O setor de seguros vai além da proteção financeira: ele é hoje uma ferramenta estratégica de adaptação climática.
O Seguro Saúde protege indivíduos e famílias contra doenças agravadas pelo clima, garantindo atendimento rápido, prevenção e amparo financeiro.
Os seguros de infraestrutura tornam cidades, obras públicas e serviços essenciais (como energia, água e transporte) mais seguros e operacionais em cenários de crise climática.
O seguro é um pilar de resiliência: traduz risco em prevenção e transforma incerteza em segurança
Água, resíduos e determinantes ambientais
Nossa saúde depende de ecossistemas equilibrados. Chuvas intensas podem contaminar rios e mananciais, enquanto o mau manejo de resíduos eleva o risco de doenças infecciosas.
Soluções locais - como captação de água da chuva, recuperação de nascentes e melhorias no saneamento - fortalecem a infraestrutura natural e garantem segurança hídrica para populações vulneráveis.
Governança local e boas práticas
A governança local eficiente é essencial para integrar ações climáticas e de saúde pública. O caso de Niterói (RJ) é um exemplo: a criação da Secretaria do Clima foi uma resposta direta a desastres ambientais e se tornou referência nacional em planejamento preventivo.
Prefeituras que adotam planos de adaptação climática e integram o setor de seguros à sua gestão de risco tornam-se modelos de resiliência e inovação social.
Bioeconomia, economia circular e soluções sistêmicas
A transição para uma bioeconomia e uma economia circular reduz impactos ambientais e protege a saúde coletiva. Esses modelos valorizam recursos renováveis, reutilização de materiais e produção sustentável, diminuindo a poluição e fortalecendo cadeias produtivas locais.
Sustentabilidade é mais do que reduzir danos, é repensar sistemas para garantir qualidade de vida e equilíbrio ambiental
Ciência, tecnologia e inteligência artificial
A ciência é clara: adiar ações climáticas aumenta a vulnerabilidade global. Pesquisadores como Paulo Artaxo reforçam que a resposta precisa ser imediata e baseada em evidências.
A Inteligência Artificial (IA) tem sido aliada do setor de seguros ao permitir:
- Modelagem de riscos climáticos
- Previsão de desastres com base em dados meteorológicos
- Apoio na criação de produtos de seguro mais precisos e acessíveis
Com IA, ciência e governança, o setor pode proteger quem mais precisa e antecipar soluções para crises futuras.
Resiliência integrada: a solução é coletiva
A resiliência climática e social exige cooperação entre governos, empresas, sociedade civil e o setor de seguros. Saúde, meio ambiente e infraestrutura são dimensões interligadas, e só ações conjuntas podem garantir bem-estar e segurança para as próximas gerações.
O que você pode fazer hoje
- Economize e cuide da água
- Descarte corretamente seus resíduos
- Informe-se sobre seguros de saúde e proteção climática
- Fique atento a alertas meteorológicos e sanitários
- Participe de iniciativas locais de adaptação e sustentabilidade
O futuro depende das escolhas de agora - e cada atitude conta para garantir um planeta saudável e seguro
Fonte: CNseg, em 10.11.2025