
Solução transforma dados hidrológicos em score de risco por endereço e inaugura um novo padrão de prevenção climática
- A Ferramenta de Riscos Climáticos (Inundação), lançada pela CNseg durante a COP30 como parte do Hub de Inteligência Climática, marca uma virada estrutural na forma como o setor de seguros mede, precifica e gerencia o risco de enchentes no Brasil
- Desenvolvida pela Diretoria de Serviços às Associadas (DISERV) da CNseg em parceria com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), a solução combina bases históricas de dados e modelagem hidrodinâmica avançada para gerar um score probabilístico de risco de inundação em nível de endereço, coordenada geográfica ou polígono territorial
Consulte a Ferramenta de Riscos Climáticos (Inundação) da CNseg
Como funciona a Ferramenta de Riscos Climáticos
A ferramenta acessa e cruza:
- Séries históricas de chuva
- Séries de vazão de rios
- Dados de relevo
- Informações hidrológicas oficiais
Com base nesses dados, o sistema estima a probabilidade de ocorrência de inundações em cada localidade e traduz essa probabilidade em um score de risco padronizado e comparável.
Na prática, isso permite às seguradoras:
- Ajustar a subscrição
- Refinar a precificação
- Definir limites e franquias
- Controlar acúmulos de exposição
Planejar estratégias específicas para áreas urbanas e rurais.
O risco deixa de ser genérico e passa a ser territorialmente localizado
Ferramenta de Riscos Climáticos: da análise do risco à ação preventiva
Segundo a CNseg, o objetivo central da ferramenta é permitir que o setor atue de forma preventiva e adaptativa. Ao conhecer com precisão o risco de cada localidade, torna-se possível:
- Criar produtos específicos por perfil de risco
- Orientar clientes sobre medidas de mitigação
- Apoiar decisões de investimento em infraestrutura resiliente
- Reduzir a sinistralidade estrutural ao longo do tempo
A CNseg já anunciou que, nas próximas fases, o modelo será expandido para:
- Ondas de calor
- Secas
- Outros eventos climáticos críticos
Essa expansão está alinhada aos achados do Radar, que mostram que as secas concentram a maior parcela das perdas econômicas no Brasil.
Consulte a Ferramenta de Riscos Climáticos (Inundação) da CNseg
O Hub de Inteligência Climática e o papel do Radar
A Ferramenta de Riscos Climáticos se integra ao Hub de Inteligência Climática da CNseg, que estreou na COP30 reunindo três pilares principais:
- Ferramenta de Riscos Climáticos (Inundação)
- Solução de Conformidade Socioambiental para o Seguro Rural
- Estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”
O Radar consolida, em uma base única:
- Histórico de perdas
- Principais eventos climáticos entre 2015 e junho de 2025
- Estimativa da lacuna de proteção securitária
Esse conjunto de informações fornece a base estatística e técnica que justifica o desenvolvimento de modelos avançados de risco climático no país.
Leia o estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”, elaborado pela CNseg
Mapa das perdas e da lacuna de proteção
Segundo o estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”:
2022 a 2024:
- 67 eventos climáticos extremos
- R$ 184 bilhões em perdas econômicas
- Apenas cerca de 9% das perdas seguradas
Primeiro semestre de 2025:
- Mais 10 eventos relevantes
- R$ 31 bilhões em prejuízos adicionais
Embora tempestades, alagamentos e inundações sejam mais frequentes, o estudo demonstra que:
As secas concentram a maior parte das perdas financeiras, por afetarem grandes áreas produtivas por longos períodos
Leia o estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”, elaborado pela CNseg
Desigualdades regionais e setores mais expostos
- A Região Sul concentra a maior fatia das perdas econômicas
- O Norte e o Nordeste apresentam a maior lacuna de proteção, com menos de 2% das perdas cobertas por seguros
- O setor agropecuário é o mais afetado em todas as regiões
Indenizações pagas em 2024 por ramo:
- Patrimonial: 58%
- Automóvel: 19%
- Rural: 15%
- Habitacional: 6%
Os números evidenciam a predominância de danos materiais em grandes eventos climáticos, sobretudo enchentes e secas.
Do retrato estatístico à tomada de decisão
Ao integrar…
o mapa histórico de perdas e da lacuna de proteção (Radar)
com o score probabilístico de risco por localidade (Ferramenta de Inundação)
… o Hub de Inteligência Climática da CNseg passa a oferecer ao mercado segurador uma infraestrutura inédita de inteligência aplicada ao território.
Na prática, o setor passa a responder, com base em dados:
- Onde o risco é maior
- Onde a cobertura é mais baixa
- Onde a expansão do seguro pode gerar mais resiliência social e econômica
Essa combinação entre visão histórica (perdas e gap) e modelagem prospectiva (probabilidade) posiciona o seguro como ator central da adaptação climática no Brasil
Seguro, clima e planejamento territorial
Nos debates da COP30, a CNseg reforçou que conhecer o risco é o primeiro passo para evitá-lo. Ao levar scores geoespaciais de risco climático para o nível local, a Ferramenta de Riscos Climáticos passa a apoiar diretamente:
- Municípios
- Empresas
- Planejadores urbanos
- Órgãos de defesa civil
- Concessionárias de infraestrutura
Isso viabiliza:
- Políticas públicas de adaptação baseadas em dados
- Investimentos em infraestrutura resiliente
- Parcerias público-privadas para mitigação de riscos
- Redução estrutural dos impactos de enchentes e desastres ambientais
O mapa das perdas climáticas e a lacuna de proteção no Brasil
Estudo da CNseg revela onde estão os maiores riscos, os setores mais afetados e o abismo entre prejuízo econômico e cobertura de seguros
- O lançamento do estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”, elaborado pela CNseg com base em dados públicos sistematizados, oferece o mais completo retrato já produzido sobre o impacto econômico dos desastres climáticos no Brasil na última década
- A publicação organiza, pela primeira vez em uma única base analítica, o histórico de perdas, os principais eventos recentes e a dimensão da lacuna de proteção - isto é, a distância entre o tamanho real do risco climático e o volume de prejuízos efetivamente segurados no país
Leia o “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”, elaborado pela CNseg
“Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”: um novo radar para entender o risco climático
O Radar mapeia eventos ocorridos entre 2015 e junho de 2025, combinando:
- Análise histórica
- Recorte regional
- Avaliação por setor econômico
- Zoom específico nos anos recentes de maior severidade
A metodologia seleciona os eventos mais relevantes com base em:
- Volume de perdas econômicas
- Número de mortes
- Quantidade de pessoas afetadas
O resultado é uma base única de inteligência climática aplicada ao seguro, voltada a subscrição, gestão de risco e formulação de políticas públicas
Perdas crescentes e concentração em poucos tipos de eventos
Entre 2022 e 2024, o “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025” identificou:
- 67 eventos climáticos extremos de grande impacto
- R$ 184 bilhões em perdas econômicas estimadas
Já em 2025 (até junho):
- 10 novos eventos relevantes
- Mais R$ 31 bilhões em perdas adicionais
Embora tempestades, alagamentos e inundações urbanas sejam mais frequentes, o Radar mostra com clareza que:
As secas concentram a maior parcela das perdas financeiras, por atingirem áreas extensas, cadeias inteiras de produção e ciclos prolongados
A geografia do impacto: Sul em evidência
A Região Sul concentra a maior fatia das perdas econômicas do período analisado, revelando uma forte correlação entre:
- Alta exposição climática
- Densidade produtiva
- Vulnerabilidade do agronegócio e da infraestrutura
Além disso:
- Centro-Oeste, Sul e Nordeste: mais da metade das perdas está ligada a secas, sobretudo no agronegócio
- Nordeste: perdas relevantes também no setor público, especialmente por crises de abastecimento de água
Setores mais expostos: o agro na linha de frente
O setor agropecuário aparece como o mais afetado em todas as regiões do país, confirmando o peso do clima sobre a base produtiva brasileira.
Outros setores também se destacam:
Habitação
Infraestrutura urbana
Transportes
Patrimônio público
Especialmente em episódios de enchentes e inundações, os danos se espalham rapidamente pelas cidades e cadeias logísticas.
Muito além das cifras: vidas, saúde e desestruturação social
O estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025” destaca que as perdas econômicas são apenas uma das dimensões da crise climática.
Os dados também evidenciam:
- Mortes em larga escala
- Desabrigados e desalojados
- Impactos diretos na saúde pública
Após enchentes e ondas de calor extremo, aumentam:
- Doenças infecciosas
- Complicações respiratórias
- Sobrecarga dos sistemas de saúde
- Populações expostas repetidamente vivem ciclos de vulnerabilidade crônica, com efeitos sociais de longo prazo
A lacuna de proteção ainda é ampla no Brasil
Ao cruzar o volume de perdas com os dados do mercado segurador, o estudo comprova uma realidade crítica:
Grande parte dos prejuízos climáticos no Brasil permanece sem qualquer tipo de cobertura securitária.
Essa lacuna de proteção decorre de:
Baixa penetração de seguros em regiões e segmentos vulneráveis
Limitações de produtos para eventos de grande escala
Desafios operacionais na regulação e pagamento de sinistros massivos
Tendências: mais extremos, mais demanda por seguro climático
O “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025” é categórico ao afirmar que:
- A frequência e a intensidade dos eventos extremos continuarão aumentando
- Sistemas financeiros e de proteção serão cada vez mais pressionados
- A percepção social de risco cresce rapidamente
Esse cenário abre espaço para:
- Expansão do seguro climático
- Inovação em seguros paramétricos
- Novos modelos de gestão integrada de risco
Oportunidades para reduzir a lacuna de proteção
O estudo “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025” aponta caminhos concretos para fortalecer a resiliência do país:
Expansão de seguros para o agronegócio
Adoção de produtos paramétricos
Parcerias público-privadas
Integração entre seguro, infraestrutura resiliente e prevenção
Uso de inteligência climática, dados e IA na subscrição
O seguro deixa de ser apenas mitigador de perdas e passa a ser instrumento ativo de adaptação climática
Um ponto de partida para decisões estratégicas
Com o “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”, a CNseg entrega ao mercado e ao poder público:
- Um instrumento técnico de alto nível
- Uma base concreta para decisões regulatórias
- Subsídios para o redesenho de políticas de resiliência
O estudo reforça um alerta central:
Sem ampliar a proteção securitária e investir em prevenção, a combinação entre eventos extremos e concentração de perdas continuará aprofundando vulnerabilidades sociais e econômicas no Brasil
Leia o “Radar de Eventos Climáticos e Seguros no Brasil 2025”, elaborado pela CNseg
Seguro Separação: como os “seguros experienciais” estão transformando o mercado
Em um mundo de vínculos mais fluidos, rotinas instáveis e desafios emocionais crescentes, o seguro do futuro será cada vez mais humano, situacional e relacional
- O Seguro Separação da Providencia Seguros, lançado na Argentina, tornou-se um exemplo emblemático da nova geração de produtos experienciais no setor segurador
- O movimento sinaliza uma mudança profunda de paradigma: o seguro deixa de proteger apenas danos materiais e passa a oferecer suporte prático, emocional e jurídico para momentos críticos da vida
- Com o slogan “El amor no es seguro, este seguro sí”, a companhia propõe um tipo de proteção até então pouco explorado: o acolhimento estruturado no pós-ruptura de relacionamentos
Como funciona o Seguro Separação
A Providencia Seguros, empresa argentina com mais de 120 anos de atuação, lançou o ‘Seguro de Separación’ como um anexo facultativo a apólices já existentes, como:
- Seguro Residencial
- Seguro Automóvel
- Outras coberturas patrimoniais
Ou seja, o seguro não é vendido de forma isolada. Ele funciona no formato de assistência adicional ativada quando a separação é formalizada ou quando a convivência é encerrada oficialmente.
A lógica segue o mesmo princípio de outras assistências securitárias:
Não se “indeniza o fim do relacionamento”
mas se oferece suporte concreto para atravessar o período de transição e reorganização da vida.
Que serviços o Seguro Separação oferece
O seguro de separação reúne um pacote amplo de assistências integradas, pensadas especificamente para o período pós-término:
Apoio emocional
- Orientação psicológica familiar por telefone
- Encaminhamento e coordenação de consultas médicas
Apoio prático e doméstico
- Eletricidade, chaveiro e pequenos reparos
- Apoio em mudanças e transporte de móveis
Moradia temporária
- Possibilidade de alojamento em situações específicas
- Apoio durante o processo de reorganização da nova residência
Apoio a filhos
- Aulas de reforço presenciais ou online
- Atenuação do impacto emocional no desempenho escolar
Assistência legal e administrativa
- Orientação jurídica
- Apoio contábil básico para reorganização financeira
- Diretrizes sobre documentação e procedimentos de separação
Assistência a pets
- Orientação veterinária
- Em alguns casos, guarda temporária de animais de estimação
O objetivo central do Seguro Separação é reduzir o impacto emocional, logístico e financeiro das primeiras semanas após a ruptura, período marcado por acúmulo de decisões, custos imprevistos e instabilidade emocional
Por que o Seguro Separação é relevante para o mercado
A imprensa especializada argentina aponta o seguro de separação como uma inovação alinhada às transformações dos vínculos afetivos e das configurações familiares contemporâneas.
Em um contexto de maior frequência de separações e reorganizações familiares, surge um novo campo de atuação para os seguros de vida e pessoais.
Esse movimento reflete três tendências estruturais do setor:
1. Produtos por etapas de vida
- Casamento
- Filhos
- Aposentadoria
- Luto
- Separação
2. Integração entre proteção financeira, bem-estar e saúde emocional
3. Centralidade no cliente e empatia como valor de marca
- “Estar presente em todos os momentos que importam”
No mesmo ano do lançamento, a Providencia também ampliou investimentos em infraestrutura tecnológica, viabilizando produtos mais flexíveis, personalizados e orientados por experiência.
Seguro Separação, um marco dos “seguros experienciais”
Ao transformar um momento tradicionalmente visto como “não segurável” em objeto de assistência estruturada, o seguro de separação amplia os limites do que o mercado entende como proteção securitária.
Ele sinaliza uma virada clara:
Da proteção exclusiva de bens
Para a proteção de experiências, transições e relações humanas
Esse modelo pode inspirar novos produtos no Brasil e em outros países para cobrir eventos como:
- Mudança de cidade
- Adoção
- Cuidados com idosos
- Luto
- Reconfiguração familiar
Com o Seguro Separação, o seguro deixa de ser apenas indenização e passa a ser presença ativa na vida real do cliente.
Fonte: CNseg, em 03.11.2025