Na avaliação da entidade, são pontos cruciais no atual cenário aumentar a oferta de produtos para a baixa renda e para as PMEs e rever processos para reduzir custos
Por Alberto Salino
A instabilidade na economia ainda não abalou o otimismo das principais lideranças do mercado segurador brasileiro. O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Marco Antonio Rossi, por exemplo, lembra que, apesar do momento difícil, a atividade manteve, nos primeiros meses deste ano, a tendência de crescimento. Para ele, é possível esperar um avanço de dois dígitos nos segmentos da saúde, que estima superior a 12%, e dos seguros de pessoas, que antevê acima de 10%.
O crescimento (médio) projetado para o mercado de seguros em 2015 é de 12,4%, reafirma o executivo, que participou em Curitiba do recém-encerrado 6º Simpósio Paranaense de Seguros, onde traçou um panorama da atividade de seguros. Também presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides) e da Bradesco Seguros, Rossi conta, citando uma recente pesquisa, que apenas 35% dos consumidores brasileiros tomam alguma iniciativa para se precaver de imprevistos futuros. Além disso, somente 18% dos entrevistados contam com algum tipo de seguro de pessoas. Há muito espaço para crescer, acredita.
Produtos massificados
Nesse contexto, ele aconselha o mercado a trabalhar focado na transformação dos desafios em oportunidades de negócios. Na avaliação dele, no cenário atual, são pontos cruciais a necessidade de aumentar a oferta de produtos para a baixa renda, a revisão de processos para tornar o ciclo produtivo mais barato e a intensificação da oferta de seguros para pequenas e médias empresas. Marco Antonio Rossi defende ainda a flexibilização e a modernização das normas que norteiam o mercado de seguros. Temos o desafio de buscar todas as oportunidades para superar a conjuntura economicamente complexa, aborda o executivo.
Fonte: Jornal Commercio, em 08.06.2015.