Evento que ocorreu em novembro, em São Paulo, debateu a sustentabilidade do setor
O Jornal Estado de São Paulo publicou hoje, dia 2/12, caderno especial sobre o 1º Fórum de Saúde Suplementar, realizado pela FenaSaúde em 24 e 25 de novembro, em São Paulo.
Com sete páginas, a publicação espelha os debates realizados no Fórum, que giraram, principalmente, em torno da busca do entendimento sobre os principais desafios para a manutenção da sustentabilidade do setor de saúde suplementar.
“Se por um lado os planos crescem, suas despesas assistenciais parecem superar, em muito, este crescimento, atingindo taxas médias de 15% ao ano, ou seja, o dobro da inflação”, diz o texto da primeira página.
Se o aumento das mensalidades pode colocar os compradores de planos de saúde – pessoas físicas e empresas – no limite de suas capacidades econômicas, conforme declarou o diretor-executivo da FenaSaúde, José Cechin, o foco deve ser no controle das despesas assistenciais.
Entre as sugestões, a ampliação dos tipos de planos autorizados, que hoje são apenas o ambulatorial, o hospitalar e o que une os dois tipos, com ou sem obstetrícia e odontologia. Outro ponto apontado como sendo um dos mais impactantes nas despesas assistenciais foi o da incorporação de novas tecnologias, sem que se avalie tecnicamente se o benefício compensará o custo que será repassado à sociedade. É a chamada incorporação acrítica, segundo o gerente-geral da FenaSaúde, Sandro Leal, que defende uma maior transparência em relação à questão para que os consumidores possam ter uma participação mais ativa no processo.
Em entrevista de página inteira no suplemento, o presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano, explica que o aumento dos custos assistenciais da saúde é uma preocupação em todo o mundo, já que, a cada dia, surgem novos equipamentos, novos materiais e novas técnicas sem que os equipamentos, materiais e técnicas antigas sejam descartadas nos tratamentos. Além disso, o atual sistema de remuneração de médicos, hospitais e clínicas, em cima da quantidade, e não da qualidade, contribui para o agravamento da situação.
Mas os debates do Fórum não se limitaram apenas a levantar os problemas, mas também apresentar propostas de solução, divididas basicamente em três pontos detalhados na publicação: Informação como agente de mudança, organização da assistência e remuneração, e preservação do acesso e da diversidade.
Para ler a íntegra do suplemento do Jornal Estado de São Paulo sobre 1º Fórum de Saúde Suplementar, clique aqui.
Fonte: CNseg, em 02.12.2015