Mais de 90% das auditorias internas das empresas brasileiras realizam Auditorias Operacionais e de Processos, aponta pesquisa realizada pela KPMG. Os serviços de compliance (48%), Gerenciamento de Riscos (32%), Auditoria Financeira (30%) e SOX (28%) também são realizadas pelo setor.
“A Instrução CVM nº 480 e a nova Lei Brasileira Anticorrupção trouxeram mudanças significativas quanto à responsabilidade de diretores na divulgação de informações ao mercado, assim como quanto à atribuição de responsabilidade às pessoas jurídicas que praticarem atos lesivos à Administração Pública. Essas mudanças indicam um aumento do enfoque regulatório na avaliação de eficácia operacional da auditoria interna, que deve reavaliar a sua estrutura atual e abrangência com a finalidade de determinar se sua atuação poderá atender ao desafio desses novos requerimentos regulatórios”, afirma Diogo Dias, sócio da área de Consultoria em Riscos da KPMG no Brasil.
Terceirização
A pesquisa também aponta que quanto mais alto o faturamento da empresa, maior a utilização de serviços terceirizados pela auditoria interna. Enquanto nas companhias com faturamento até R$1 bilhão 33% das empresas usam algum tipo de terceirização, nas empresas com faturamento entre R$1 bilhão e R$5 bilhões essa porcentagem é de 45%, atingindo 54% naquelas com faturamento acima de R$5 bilhões.
“Como a estrutura de auditoria interna das companhias tende a ser reduzida, a contratação de terceiros com conhecimento técnico específico é necessária para agregar tanto na parte técnica quanto na parte operacional, complementando o time de auditoria interna ou até mesmo substituindo em caso de terceirização total do setor”, afirma Diogo.
Outro item a se destacar com maior relevância é que nas companhias com faturamento superior a R$ 5 bilhões as atividades de Gerenciamento de Riscos não são realizadas pela área de auditoria interna, mas em outras áreas independentes.

Software de auditoria interna
Mais da metade das companhias pesquisadas respondeu que possui um software de auditoria interna. No entanto, apenas metade destes utiliza a ferramenta para interação com as áreas de negócios. “As empresas precisam se preparar para extrair o máximo das ferramentas que utilizam e não apenas para a formalização da documentação da auditoria interna. Conhecer seus mecanismos vai otimizar o trabalho e alavancar os resultados da companhia”, finaliza Diogo.
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Fonte: Ricardo Viveiros & Associados, em 25.03.2014.