O Presidente e Vice-presidente da Abrapp, respectivamente José Ribeiro Pena Neto e Carlos Alberto Caser, e a Presidente do Sindapp, Nélia Pozzi, acompanhados pelo Superintendente-geral, Devanir Silva, foram recebidos na última quarta-feira (28) em audiência pelo Ministro da Previdência, Carlos Gabas, este na companhia do Secretário de Políticas da Previdência Complementar, Jaime Mariz. Foi, pode-se dizer, um encontro de trabalho onde se traçou as bases de um esforço conjunto, a ser desenvolvido a partir de uma visão comum quanto à importância de os fundos de pensão virem a contribuir de forma mais ampla para uma aposentadoria segura e a elevação da poupança interna tão necessária à retomada do crescimento econômico.
Gabas, que na condição de ministro em 2011 e de secretário-executivo do Ministério da Previdência por vários anos depois disso se mostra um conhecedor profundo do sistema fechado de previdência complementar e suas potencialidades, reagiu muito favoravelmente. Ele se definiu como um “grande aliado na luta pelo fomento”, antecipando o seu mais completo engajamento. Será de parte a parte um esforço intenso e focado na produção de resultados.
A mensagem principal que levamos ao ministro foi no sentido de que o País pode não apenas poupar mais, como fazê-lo de um jeito melhor e com as mais variadas implicações. Com o fortalecimento de um sistema que, de um lado, protege o trabalhador pagando benefícios de prestação continuada, enquanto de outro lado disponibiliza para ser investidas na economia reservas estáveis no longo prazo, se conseguirá reunir uma vasta poupança e se potencializar os seus efeitos.
Ao mesmo tempo em que tal poupança pode tomar o lugar das transferências que o Tesouro é hoje e cada vez mais obrigado a fazer para fins de financiamento, a juros subsidiados e a um custo crescente sobre o PIB, de projetos de maior interesse. Enfim, mais reservas que substituiriam recursos que oneram o setor público.
Nesse sentido, o Ministro Gabas foi informado que um profundo estudo começa a ser produzido pela Abrapp para melhor parametrizar, de um lado, quanto custaria ao País fomentar essa poupança previdenciária e, de outro lado, o quanto isso beneficiaria o Brasil.
Mostramos ao ministro, de toda forma, que sem o fomento do sistema toda essa contribuição dos fundos de pensão estará ameaçada, na medida em que estes, na proporção em que passarem a pagar mais benefícios, se tornarão cada vez mais maduros e obrigados a desinvestir, no lugar de investir na construção de uma Nação próspera.
Em resposta, Gabas se mostrou totalmente favorável a esta discussão. Pediu informações e dados para subsidiar as ações do Governo.
Fonte: ABRAPP, 30.01.2015.