Ativos da indústria de seguros podem ajudar os países do G-20 a crescer, afirma GFIA
Em troca, entidade solicita uma regulação mais adequada e a quebra de barreiras de mercado para as seguradoras
“O crescimento sustentável de longo prazo precisa de investimentos de longo prazo. A indústria de seguros, que têm $ 28,6 trilhões de ativos sob sua gestão em 2012 e investimentos anuais de $ 4,6 trilhões, está bem posicionada para desempenhar um papel destacado. No entanto, para fazer isso, não devemos ser limitados por regulações desnecessárias ou outras condições regulatórias”, afirmou o presidente da Federação Mundial de Associações de Seguros (GFIA, na sigla em inglês), Frank Swedlove, ao comentar sobre o teor da carta enviada pela entidade para a presidência do G-20.
Como uma importante fonte de investimento de longo-prazo, as seguradoras, afirma o documento, podem oferecer apoio significativo para o G-20 no seu objetivo de crescimento coletivo de 2% ao longo dos próximos cinco anos. Mas, para que isso aconteça, alerta, as lideranças políticas devem garantir a vigência de corretas estruturas e corretas regulações.
A necessidade de uma regulamentação adequada e equilibrada, especialmente tendo em conta o aumento significativo do escrutínio regulatório global que as seguradoras passaram a enfrentar é um dos principais pontos da carta e a necessidade de quebrar as barreiras dos mercados é outro. A GFIA afirma estar particularmente desapontada em relação a essa última questão, já que certas jurisdições, incluindo um pequeno número de membros do G-20, introduziram novas medidas restritivas em seus mercados.
Limitações na conduta de resseguro transfronteiriço, restrições aos fluxos de dados transfronteiriços e estorno de contas de pensões privadas são pontos considerados particularmente problemáticos para a Federação Mundial de Associações de Seguros.
“A GFIA pede que o G-20 continue empenhado em abrir mercados e certamente deve se opor a quaisquer medidas que restrinjam novos negócios”, acrescentou o presidente da Federação, que no início do ano já havia se reunido com representantes do G-20, incluindo o Secretário de Estado para o Tesouro, o Governador do Banco da Reserva, o Tesouro australiano, e o Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio para discutir o importante papel que o setor de seguros pode desempenhar na presidência australiana do G-20, em 2014.
Fonte: CNseg, em 22.10.2014.