Apesar de queda na atividade, novos aumentos de impostos são esperados
Para especialistas, governo vai continuar pressionando carga tributária no segundo semestre e outras onerações podem vir de taxas de serviço público e de aperto na fiscalização das empresas
Apesar da queda na atividade econômica, novos aumentos de impostos são esperados para o segundo semestre, o que deve onerar ainda mais o bolso dos contribuintes.
A partir do dia 1º setembro, por exemplo, entra em vigor a medida que eleva a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% para as pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e instituições financeiras, o que pode elevar os preços das tarifas de serviços bancários. Com a recente iniciativa, o governo espera incrementar o seu caixa em R$ 747 milhões neste ano e em R$ 3,8 bilhões no ano de 2016.
Para o sócio da Innocenti Advogados Associados André Felix Ricotta de Oliveira, o governo deve seguir aumentando outras alíquotas e criando novos tributos nos próximos seis meses, apesar das elevações feitas no início do ano não terem se revertido em alta de arrecadação.
"Para calibrar o ajuste, o poder público vai continuar pressionando a carga tributária onde puder. Isso pode ocorrer, por exemplo, através de aumento de taxas de serviços públicos de fiscalização e de outros que estão relacionados com a burocracia, como aconteceu com a emissão de passaportes", comenta Oliveira, lembrando que o governo do Estado de São Paulo elevou a taxa judiciária de processos de 2% para 4%, no início de julho.
Fonte: DCI, em 29.07.2015.