Por Jorge Wahl
A Previdência brasileira não precisa de “remendos”, sejam acréscimos ou subtrações casuísticas, mas sim de um novo modelo, construído a partir do aprendizado dos últimos anos e da observação das novas demandas apresentadas pela sociedade brasileira. Esta foi, segundo Roque Muniz, Presidente da ANCEP (Associação Nacional dos Contabilistas das Entidades de Previdência), uma das principais conclusões do 11º Conancep, o congresso anual realizado na primeira semana de junho e que, a exemplo dos anos anteriores, teve o seu forte na apresentação e debate em profundidade de uma série de temas técnicos, em quase uma dezena de plenárias a que estiveram presentes perto de 350 dirigentes e profissionais de fundos de pensão.
Para Roque Muniz, a necessidade dessa reforma ampla e profunda do modelo previdenciário vem não apenas das mudanças demográficas - a redução da natalidade, de um lado, e a longevidade, de outro - mas também da urgência em se fomentar a previdência complementar. Tal posição da Ancep coincide com o posicionamento que a Abrapp tem defendido em suas manifestações.
Tanto mais que, lembra Roque Muniz, as apresentações no 11º Conancep mostraram consistentemente que dirigentes e profissionais das nossas entidades possuem o conhecimento, os instrumentos e a aptidão técnica que os habilita da forma mais plena a responder aos desafios. Faltam apenas políticas públicas fomentadoras, para vencer uma conjuntura nem sempre favorável.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 15.07.2016.