Especialistas em compliance defendem que profissionais da área entendam o negócio da empresa
“Hoje, o profissional de compliance em uma companhia de seguros tem que ser mais do que um cumpridor de regras. Ele precisa entender da operação”, diz Elias Zoghbi, sócio da Deloitte. O especialista deu a declaração durante o painel "A importância do Compliance para a garantia da Ética e da Governança Corporativa", realizado dentro do "Seminário de Controles Interno & Compliance", que aconteceu em São Paulo, simultaneamente à 7ª. Conseguro. A palavra compliance vem do inglês e significa aderir a regras, normas e leis estabelecidas.
"O compliance é o guardião do maior ativo de uma seguradora, sua reputação", diz Ivan Luiz Gontijo Junior, da Bradesco Seguros, que debateu o assunto junto com Zoghbi. Segundo ele, estudos internacionais já comprovaram que a reputação corresponde a até 40% do valor de mercado de uma empresa com ações na Bolsa.
Zoghbi lembra, contudo, que embora a maioria das seguradoras brasileiras já tenha consciência da importância do compliance, ainda falta evoluir rumo a uma maior maturidade. “A cultura do compliance já está dentro das seguradoras, mas falta amadurecer. É preciso que as áreas de compliance sejam regidas por um amplo programa de gestão de riscos”.
Fonte: CNseg, em 21.09.2015.