Multiplicam-se os sinais de alerta sobre a crise na saúde pública, da qual depende a grande maioria da população, que não tem acesso aos planos de saúde. Ela não poupa nem a maior e mais rica cidade do País, pois São Paulo resume hoje as dificuldades enfrentadas por esse setor. Elas se agravaram muito nos últimos anos, justamente os dos governos do PT, tão cioso com o “social”, mas só da boca para fora, como mostra esse exemplo de especial importância.
O que se passa no Hospital São Paulo, administrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é apenas o mais recente capítulo dessa novela. Seu Conselho Gestor decidiu suspender, a partir de quinta-feira passada, as internações eletivas, não urgentes. Como elas representam metade do total de 2,2 mil internações feitas ali por mês, a seriedade do problema que se ia criar fez as autoridades reagirem com rapidez, pelo menos dessa vez. Depois que o Ministério da Saúde decidiu fazer um repasse extra de R$ 6 milhões e a Secretaria Estadual da Saúde outro de R$ 3 milhões, o hospital anunciou a retomada imediata das internações eletivas para pacientes oncológicos e, para os demais, à medida que os recursos forem chegando.
Fonte: O Estado de São Paulo – 24.06.2015