Por Jorge Wahl
Com quase 4 décadas completas de vida, a Abrapp tem como o mais importante de tudo o reconhecimento obtido, o primeiro deles vindo de 93% das associadas, que em pesquisa de satisfação divulgada na semana passada declararam como ponto nº 1 “os produtos e serviços de excelência prestados”. O segundo, representado pela forte adesão do mercado à Rede de Credenciados, uma vitrine onde as entidades podem encontrar prestadores de serviços que se mostram verdadeiramente parceiros do sistema. E, sendo a terceira forma pela qual a Abrapp é reconhecida, a imagem que a Associação conquistou de uma interlocutora qualificada, tal a preocupação em apoiar em argumentos tecnicamente bem fundamentados toda e qualquer intervenção em debates, seja uma simples reflexão ou um pleito levado às autoridades ou a parlamentares.
Contando assim com o reconhecimento das associadas, dos agentes de mercado e dos segmentos da sociedade civil representados no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), a Abrapp se mostra fortalecida no momento em que a conjuntura se revela especialmente desafiadora, tanto para o País quanto para o próprio sistema que representa, desafiado a se reinventar para voltar a crescer.
Atualmente, são perto de 40 prestadores de serviços presentes na Rede de Credenciados. Somente no primeiro bimestre deste ano, 9 deles renovaram a sua presença na “vitrine”: Aberdeen Asset Management, Atena Tecnologia, Bichara Advogados, Cetip, CM Corp. Soluções em Informática, Luz Soluções Financeira, Ouro Preto Investimentos, PPS Portfólio Performance e Vinci Partners.
A iniciativa da Abrapp, ao criar a Rede de Credenciados, tem sido fundamental para oferecer às associadas o acesso organizado a um amplo leque de prestadores de serviços. Em contrapartida, essas empresas ganham a oportunidade de aperfeiçoar seus relacionamentos no ambiente institucional e conhecer mais de perto as necessidades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. "Ainda que a Abrapp, até por seu objetivo social, seja uma associação que reúne essas Entidades, o universo da previdência complementar fechada é composto também por outros atores", lembra o presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto.
A Rede de Credenciados, sublinha o presidente, "permite reunir vários parceiros que são prestadores de serviços em diferentes áreas de conhecimento como atuária, investimentos, assuntos jurídicos e contábeis, entre outros, e que participam de nosso esforço para o crescimento e o fortalecimento do sistema".
Esses prestadores de serviços partilham o dia a dia das associadas, da associação e aparecem inclusive na Revista Fundos de Pensão, fazendo surgir uma categoria de pessoas físicas e jurídicas que estão estreitamente relacionadas ao universo das EFPC. "Como resultado, além de contribuir para o crescimento do sistema, esse permanente intercâmbio transmite às empresas a percepção de que não se trata de uma parceria apenas pontual; o nosso projeto prevê um esforço para a manutenção de quem já está na Rede e para a captação de novos membros", afirma o presidente da Abrapp.
Imagem viva - A imagem de interlocutora qualificada anda especialmente viva nesses dias, junto às autoridades e parlamentares, quando pelas circunstâncias que o País e o próprio sistema vivem se é obrigado a ter muito conhecimento e criatividade para que o diálogo ande para a frente. Como resultado, ao lado dos conhecidos pleitos de natureza tributária (alíquota zero para quem acumular poupança por pelo menos 15 anos, extensão da dedução a quem declara IR no modelo simplificado e incentivo ao patrocínio também para empresas do regime do lucro presumido e isenção do PIS/Cofins, entre outros pontos) não faltam ideias capazes de destravar o crescimento do sistema. Estão nesse rol a criação de meios para que tanto a Previc quando as entidades fechadas possam investir minimamente em fomento, a destinação de parte da Tafic para campanhas fomentadoras, a adesão automática de novos participantes, instituição de fundos de pensão patrocinados em conjunto por empresas de um mesmo setor obedecendo a acordos coletivos negociados com sindicatos, adoção de planos instituídos também por empresas e destinação total ou parcial do FGTS à Previdência Complementar Fechada.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 07.03.2016.